Dólar abre em queda em semana de decisão sobre juros no Brasil e EUA

Na última sexta-feira (2/5), o dólar registrou queda de 0,41% em relação ao real, sendo cotado a R$ 5,65. A bolsa de valores fechou com pequena variação.

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(Imagem de reprodução da internet).

O dólar operava com cautela nesta segunda-feira (5/5), com o mercado financeiro atento às decisões sobre política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

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Dólar

Superquarta dos juros

Os investidores acompanharão na quarta-feira (7/5) a divulgação da taxa básica de juros pelos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos.

“Superquarta” é o termo empregado no mercado financeiro para o dia em que ocorrem as divulgações das taxas básicas de juros no Brasil e nos Estados Unidos.

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Nesta quarta-feira, tanto o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) quanto o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o BC americano) divulgam os resultados de suas reuniões, que começam no dia anterior.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central (BC) para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

Quando o Copom eleva as taxas de juros, o objetivo é reduzir a forte procura, o que impacta nos preços, pois juros mais altos tornam o crédito mais caro e incentivam a poupança. maiores taxas também podem diminuir a atividade econômica.

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A queda da Selic, por sua vez, indica que o crédito se tornará mais acessível, incentivando a produção e o consumo, o que pode diminuir o controle da inflação e impulsionar a atividade econômica. Não se pode esperar isso no momento.

Em março, o Copom anunciou o aumento de 1 ponto percentual na taxa de juros, elevando-a a 14,25% ao ano – o maior patamar em quase uma década.

As previsões do mercado financeiro apontam para um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, elevando os juros para 14,75% ao ano.

Nos Estados Unidos, espera-se que o Federal Reserve não altere a taxa de juros na reunião da semana corrente, mesmo com as cobranças públicas do presidente Donald Trump, que tem defendido a diminuição da taxa.

Na última reunião, o Fed anunciou a manutenção da taxa básica de juros na faixa de 4,25% a 4,5% ao ano. A reunião foi a segunda consecutiva em que a autoridade monetária norte-americana manteve a taxa de juros inalterada.

Antes das últimas reuniões, o Fed conduziu um ciclo de três cortes sucessivos das taxas de juros nos EUA, iniciado em setembro do ano passado – o primeiro corte em cinco anos. Desde então, o Banco Central norte-americano sempre enfatizou a necessidade de cautela e análise criteriosa dos indicadores econômicos para definir suas decisões de política monetária.

O Índice de Preços ao Consumidor nos EUA (CPI), na sigla em inglês, registrou 2,4% em março, na base anual, uma redução de 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior (quando foi de 2,8%). Na comparação mensal, a taxa caiu 0,1%, após alta de 0,2% em fevereiro. A meta de inflação nos EUA é de 2% ao ano. Apesar de não estar nesse patamar, o índice tem se mantido abaixo de 3% desde julho de 2024.

Balanços corporativos e serviços nos EUA

Na segunda-feira, a principal notícia do mercado é a divulgação dos resultados financeiros de empresas da Bolsa de Valores do Brasil (B3) para o primeiro trimestre.

BB Seguridade, CCR, CSN, CSN Mineração, Grupo Pão de Açúcar e Tim divulgam seus resultados após o encerramento da sessão de negócios.

Nos Estados Unidos, o foco principal é a divulgação de dados referentes ao setor de serviços.

Bolsa de Valores

As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), iniciam-se às 10 horas.

Na sexta-feira, o indicador encerrou a sessão com estabilidade, apresentando uma leve alta de 0,05%, situando-se em 135,1 mil pontos.

O Ibovespa alcançou ganhos de 0,05% no mês e de 12,35% no ano.

Fonte: Metrópoles

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