Dólar avança com o mercado internacional e encerra em R$ 5,43; Índice Ibovespa registra alta após sequência de perdas

O dólar subiu no mercado local nesta segunda-feira (18), e voltou a ultrapassar R$ 5,40, acompanhando a valorização da moeda norte-americana no exterior…

18/08/2025 18:36

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SP - MERCADO/DÓLAR - GERAL - Imagem ilustrativa do dólar americano produzida nesta segunda-feira, 10. Com o avanço da moeda americana no   exterior, o dólar até abriu em alta por aqui e chegou a superar o nível de R$ 5,80 na primeira hora de negócios,   com máxima a R$ 5,8246, mas arrefeceu longo em seguida e registrou a mínima da sessão ainda pela manhã a R$ 5,7648.   Após rondar a casa de 5,78 ao longo da tarde, o dólar fechou a R$ 5,7860, em queda de 0,13%, passando a acumula   desvalorização de 0,87% em fevereiro e de 6,38% em 2025.    10/02/2025 - Foto: CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
SP - MERCADO/DÓLAR - GERAL - Imagem ilustrativa do dólar america...

O dólar subiu no mercado local nesta segunda-feira (18), e voltou a superar R$ 5,40, em linha com a valorização da moeda norte-americana no exterior. Após a rodada de desvalorização da divisa e sem indicadores relevantes, investidores ficaram cautelosos e realizaram lucros. Com máxima de R$ 5,4445, o dólar à vista subiu 0,67%, para R$ 5,4344. Apresenta perda de 2,97% no mês e 12,07% no ano. O real, líder entre emergentes em 2025, registrou nesta segunda as maiores perdas entre as moedas mais líquidas.

Além das negociações por cessar-fogo na Ucrânia, as atenções se voltam a sinais de alívio monetário nos EUA. O mercado financeiro aguarda a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira (20) e o discurso do chairman Jerome Powell no Simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira (22). O Dollar Index (DXY) ultrapassou 98,000 pontos, com máxima de 98,186, e ainda recua 1,90% em agosto e 9% no ano. Juros dos Treasuries subiram moderadamente.

À tarde, o presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu ações “muito positivas” e garantias de segurança aos ucranianos em caso de cessar-fogo com a Rússia. Ele propôs encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o presidente russo, Vladimir Putin, “o mais rápido possível”. Zelensky disse ter tido uma “ótima conversa”.

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O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Guillen, não autorizou apostas em corte da Selic neste ano. Reconheceu moderação da atividade, mas afirmou que a economia ainda cresce acima do potencial. Ele lembrou que, após pausar o aperto e manter a Selic em 15% ao ano, o BC ainda busca a taxa capaz de levar a inflação à meta. “Uma vez determinada essa taxa de juros apropriada, ela vai ficar parada por um período bastante prolongado”.

Mercado de negociação de ativos financeiros, como ações de empresas, títulos de renda fixa e derivativos.

Com o apoio das ações de primeira linha, excluindo a Vale (ON -0,23%), o Ibovespa nesta segunda-feira (18) interrompeu sua série negativa de três sessões e retomou a marca de 137 mil pontos, similar ao patamar do fechamento da última terça-feira, atingindo o maior nível desde 8 de julho – o dia anterior à implementação dos Estados Unidos.

Na segunda-feira, o índice oscilou de 136,340,60, mínima correspondente ao nível de abertura, até 137,901,59 pontos, no pico do dia, registrado no início da tarde. Ao final, apresentava ganho de 0,72%, aos 137,321,64 pontos, ligeiramente inferior ao último dia da terça-feira, que estava na casa dos 137,9 mil. O volume financeiro desta segunda-feira ficou em R$ 19,8 bilhões. No mês, o Ibovespa avança 3,19% e, no ano, registra alta de 14,17%.

Em sessão volátil, os contratos futuros de petróleo fecharam antecipadamente ligeiramente acima de 1% nesta segunda-feira, com foco no encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e outros líderes europeus para abordar o encerramento da guerra na Ucrânia. Investidores também monitoraram os acontecimentos no Oriente Médio.

Na B3, além de Petrobras (ON +0,80%, PN +0,63%), o dia foi de recuperação para os papéis de primeira linha, após uma sexta-feira em que o Ibovespa permaneceu próximo da estabilidade, aguardando notícias sobre a situação na Ucrânia. O analista Ian Lopes, da Valor Investimentos, afirma que o período de expectativa se estendeu a esta segunda-feira.

Raízen (+10,58%) liderou o Ibovespa, com potencial investimento da Petrobras, seguida por Cosan (+5,29%) e Auren (+4,72%). Em contrapartida, Prio (-3,14%), Natura (-3,06%) e Cyrela (-1,59%). Entre os grandes bancos, houve ganhos que variaram de 1,26% (Santander Unit) a 2,03% (Banco do Brasil ON) no encerramento.

De acordo com Felipe Paletta, estrategista da EQI Research, mais de 80% das ações do Ibovespa encerraram no positivo nesta semana, aproximando gradualmente o índice da barreira dos 140 mil pontos, patamar próximo ao máximo histórico de 141 mil, registrado em 4 de julho. “Cenário que o mercado mais discute no momento é o de possíveis cortes de juros, e o Focus já traz IPCA abaixo de 5% para este ano. O IBC-Br, um pouco inferior às expectativas, já indica um arrefecimento da atividade, o que leva a uma convergência de juros futuros para níveis mais baixos, considerando que o índice é como uma proxy do PIB”, acrescenta.

Nesta segunda-feira, o foco se concentra na leitura do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que reforça a percepção de que a política monetária está surtindo efeito na economia. Lopes, da Valor Investimentos, também destaca uma agenda relativamente esvaziada nesta primeira sessão da semana. O núcleo do indicador de junho já opera abaixo do potencial de crescimento, aponta o banco UBS BB em relatório. Esse desempenho, avalia o UBS BB, está atrelado a recuos da agropecuária (-2,3%) e da indústria (-0,1%), enquanto, na ponta positiva, os serviços ainda apresentaram crescimento modesto, de 0,1%.

O IBC-Br registrou queda de 0,1% em junho na margem, referente à série com ajuste sazonal, próximo ao piso das projeções da Broadcast, que apontavam para uma variação de 0,2% de declínio. A jornalista Ana Scabello, do Broadcast, informou que a mediana indicou alta de 0,05%.

O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou na segunda-feira que, em uma ou duas semanas, o mundo saberá se “chegamos a uma solução” para a guerra entre Rússia e Ucrânia. Segundo o republicano, o líder russo, Vladimir Putin, também está “buscando uma resposta” para o conflito e, apesar de expressar otimismo quanto a um cessar-fogo, ressaltou que “é possível que não cheguemos lá”.

Fonte por: Jovem Pan

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