Na manhã de quarta-feira, 17 de maio de 2025, o dólar à vista continuava em forte alta em relação ao real, uma tendência que se estendia por três sessões consecutivas. Por volta das 11h23, a moeda americana subia 0,68%, sendo negociada a R$ 5,500.
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A valorização começou timidamente, mas ganhou força nos primeiros minutos de negociação, atingindo um pico de R$ 5,520.
Contexto Internacional e Expectativas
Essa alta do dólar acompanha um movimento similar observado em outros mercados. No índice DXY, que mede a força da moeda americana em comparação com uma cesta de outras moedas importantes, a alta era de 0,24% às 11h32. O mercado está atento aos discursos de representantes do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, e aguarda decisões de outros bancos centrais que serão anunciadas nesta quinta-feira, 18.
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Fatores Políticos e Econômicos Internos
No Brasil, a valorização do dólar reflete, em parte, a incerteza política e econômica. A frustração dos investidores com o cenário eleitoral de 2026, que já havia gerado ajustes nas carteiras na sessão anterior, persistia. Os resultados do primeiro turno das eleições, que indicavam uma vantagem para o ex-presidente Lula (PT), com 46% das intenções de voto, também contribuíam para essa dinâmica.
A possibilidade de um segundo turno, com Lula à frente e Tarcísio de Freitas (Republicanos) como uma alternativa, também gerava apreensão.
Outros Fatores Econômicos
Além do cenário político, a incerteza sobre o momento em que a taxa de juros no Brasil começará a cair continua influenciando o mercado. A agenda econômica do dia, praticamente vazia de indicadores, também era acompanhada com atenção, especialmente pela votação de um projeto de lei no Senado que poderia reduzir a pena para o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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A análise do projeto ocorreria inicialmente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, posteriormente, no Plenário da Casa.
Perspectivas para a Semana
A semana se desenhava com foco no fluxo cambial semanal, que seria divulgado às 14h30 (horário de Brasília). Operadores do mercado alertavam para a saída típica de capital estrangeiro no final do ano, que poderia pressionar ainda mais o dólar. A expectativa era de que a semana estivesse marcada por outros relatórios e análises sobre o mercado financeiro.
