Os mercados de câmbio e ações do Brasil têm demonstrado resiliência diante das turbulências globais, desencadeadas pela guerra comercial, formalmente declarada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2 de abril.
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Na segunda-feira (28/4), o dólar fechou em queda de 0,68%, com cotação de R$ 5,64, em seu sétimo recuo em relação ao real. O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), registrou alta de 0,21%, aos 135.015 pontos.
No Brasil, a cotação do dólar seguiu o comportamento global. Às 16h45, o índice DXY, que mede a força da moeda americana frente a uma cesta de seis divisas de países desenvolvidos, caiu 0,51%, atingindo 98,95 pontos. Em relação a moedas de outros emergentes, contudo, o dólar valorizou-se, subindo 0,40% em relação ao peso mexicano.
O Ibovespa acompanhou os principais índices das Bolsas de Nova York. Pouco antes do fechamento, o Dow Jones subia 0,32% e o S&P 500 anotava leve alta de 0,07%, o que representa estabilidade. O Nasdaq, que concentra as ações das grandes empresas de tecnologia, cedia pouco: 0,04% (estável, na prática).
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Circulação internacional
Segundo Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, a queda da cotação do dólar foi resultado da afluência de recursos externos no mercado acionário brasileiro e da enfraquecimento da moeda americana internacionalmente.
Shahini acrescentou que o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou em evento em São Paulo, reiterando o compromisso da autoridade monetária com o controle da inflação e indicando a manutenção das taxas de juros em patamares restritivos por um período prolongado.
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A possível redução das tensões comerciais entre EUA e China, juntamente com movimentos pontuais de alívio nas tarifas – como a isenção sobre alguns chips americanos –, também sustenta essa melhora do humor nos mercados, acrescenta o analista.
Petróleo em queda
Na B3, o economista Fabio Louzada, da “Eu me banco”, observa que o Ibovespa sofreu queda devido à desvalorização das ações de empresas do setor de petróleo, como Petrobras, Brava Energia e Petrorecôncavo. “O preço do petróleo cai em meio às preocupações dos investidores em relação às taxas de Trump e reage à falta de notícias positivas sobre novos acordos”, afirma. “Em meio a esse cenário de risco elevado, os investidores buscam mais uma vez proteção no ouro, que sobe.”
Fonte: Metrópoles