Dólar se estabiliza com queda da gasolina e dados econômicos dos EUA e do Brasil
Na véspera, o dólar registrou queda de 0,31%, sendo negociado a R$ 5,63, o menor patamar desde o início da escalada tarifária imposta pelos Estados Unidos.

Após registrar oito sessões seguidas de queda, o dólar operava em baixa nesta quarta-feira (30/4), em um dia marcado pela repercussão da guerra comercial global e por indicadores econômicos nos Estados Unidos e no Brasil.
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Dólar
Trump reduz tarifas para automóveis
Na terça-feira (29/4), confirmando previsões do mercado, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a suspensão das tarifas aplicadas ao setor automotivo.
A bordo da Air Force One, o avião oficial da Presidência dos EUA, Trump assinou um decreto que estabelece, em relação aos automóveis importados, a suspensão de tarifas distintas sobre alumínio e aço. O governo norte-americano visa evitar que diversas tarifas se acumulem no setor.
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“Agora decidi que, na medida em que essas tarifas se aplicam ao mesmo artigo, elas não devem ter um efeito cumulativo (ou “se acumular” uma sobre a outra) porque a taxa de imposto resultante de tal acúmulo excede o que é necessário para alcançar o objetivo político pretendido”, anotou Trump na ordem executiva divulgada pela Casa Branca.
O governo dos EUA alterou as taxas de 25% sobre peças automotivas, originalmente previstas para entrar em vigor em 3 de maio. Fabricantes de automóveis que produzem e vendem veículos nos EUA receberão um desconto de até 3,75% no valor de um veículo fabricado no país, conforme dados do Departamento de Comércio.
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A redução do desconto seria de até 2,5% do valor do automóvel em um ano e seria eliminada no ano seguinte, visando preservar a produção nacional. A medida se aplicaria aos veículos fabricados após 3 de abril.
Na semana passada, vários grupos do setor solicitaram a Trump a redução das tarifas de 25% sobre peças automotivas importadas, argumentando que isso resultaria em queda nas vendas de veículos e aumento dos preços.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos.
Além da taxa de juros e da guerra comercial, os investidores acompanham nesta quarta-feira a publicação de dados sobre a economia norte-americana.
O mercado espera os resultados iniciais do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, juntamente com informações sobre a renda familiar e os gastos de consumo no país.
Segundo dados da Refinitiv, que consolida as previsões do mercado, estima-se que a economia americana cresceu 0,2% nos meses de janeiro, fevereiro e março.
Emprego no Brasil
No âmbito doméstico, a atenção se concentra na divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Ao analisar os resultados do Caged, os investidores buscam sinais sobre uma possível desaceleração da economia brasileira, o que poderia indicar uma maior probabilidade de queda da taxa básica de juros.
Em março, o Brasil criou aproximadamente 201,7 mil empregos formais. Em fevereiro, foram gerados 432 mil novos postos de trabalho.
Na véspera, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, praticamente eliminou a possibilidade de a autoridade monetária interromper o ciclo de aperto monetário, que deverá continuar por mais tempo.
Bolsa de Valores
As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), iniciam-se às 10 horas.
Na véspera, o índice encerrou sua sessão em leve alta de 0,06%, situando-se aos 135 mil pontos.
O Ibovespa encerrou o mês com alta de 3,71% e, no acumulado do ano, registra valorização de 12,31%.
Fonte: Metrópoles