O governo de Donald Trump está prestes a aceitar um jato de luxo doado pela família real do Catar, que poderia substituir a aeronave presidencial Air Force One, informaram meios de comunicação americanos neste domingo, 11.

O valor desse Boeing 747-800, apelidado de “palácio no céu”, é estimado em 400 milhões de dólares (2,26 bilhões de reais), o que o tornaria o ativo mais caro doado por um governo estrangeiro aos Estados Unidos.

Segundo a ABC, que cita fontes próximas ao caso, o anúncio desta presente será realizado durante a viagem do presidente americano ao Oriente Médio nesta semana, que inclui o Catar.

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O magnata republicano planeja empregar essa aeronave de alto luxo como o novo Air Force One, substituindo os dois Boeing 747-200B que atualmente estão em uso. Esses aviões, já utilizados desde 1990, são considerados obsoletos e acarretam despesas consideráveis de manutenção.

De acordo com informações divulgadas pela mídia, Trump poderá manter o avião doações após deixar o cargo, devido ao plano do governo de transferir sua propriedade para a fundação da presidência do ex-presidente dos EUA.

A administração Trump, segundo a ABC, considera a transação legal e não viola as leis anticorrupção nem as disposições da Constituição, que impedem um funcionário do governo americano de aceitar presentes “de um rei, príncipe ou Estado estrangeiro”.

O canal americano informou que o Departamento de Justiça acredita que tal decisão seria cumprida, visto que será concedida à Força Aérea e não a uma pessoa específica.

A Casa Branca não respondeu prontamente à solicitação da AFP por informações.

A Boeing assegurou a entrega de dois novos aviões ao governo, contudo, a empresa aeroespacial americana, que se encontra em dificuldades financeiras e de controle de qualidade, registra um aumento nos atrasos.

Trump sugeriu em fevereiro que o novo avião presidencial poderia ter origem em outro país.

A aeronave necessita de sistemas de comunicação de alta tecnologia, instalações médicas e um sistema de defesa avançado. A L3Harris, empresa americana, já foi contratada para adaptar o avião catariano a essas especificações, conforme reportagem do Wall Street Journal.

Fonte: Carta Capital