“É necessário implementar agora as metas climáticas que já foram estabelecidas”, afirma Marina Silva

A ministra destacou que o planeta se encontra à beira de um processo já discutido há 33 anos, vivenciando uma crise civilizatória, na qual os líderes pr…

17/08/2025 11h31

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(Imagem de reprodução da internet).

Ao ser questionada sobre a expectativa para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, em novembro, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi enfática ao afirmar que “agora, só tem um caminho: implementar”. A ministra fez a declaração após participar, neste sábado (16), no Rio de Janeiro, do evento voltado para mobilização política em ações climáticas The Climate Reality Project, liderado pelo ex-presidente dos Estados Unidos e ativista ambiental, Al Gore.

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Agora, Marina Silva complementou em resposta à imprensa: “Preciso implementar os compromissos que nós já assumimos por consenso. Assumimos em Dubai, no Azerbaijão, que era US$ 1,3 trilhão [para financiamento climático], de triplicar [energia] renovável, duplicar eficiência energética, nos afastarmos de combustíveis fósseis, de desmatamento, viabilizar os recursos de perdas e danos. Tudo isso já foi decidido”, diz.

A ministra enfatizou que o planeta se encontra à beira de um processo já discutido há 33 anos e atualmente enfrenta uma crise civilizatória, na qual líderes preferem lutar entre si a declarar guerra contra uma ameaça global. “São 500 mil vidas perdidas anualmente, apenas em razão de ondas de calor”, afirmou. Em dois anos, as ondas de calor matam mais pessoas do que a pandemia de Covid-19, ressaltou.

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A ministra afirmou que o sucesso das negociações climáticas depende de um planejamento eficaz para os próximos dez anos, visando garantir a efetividade de ações que mantenham o aquecimento do planeta em 1,5° acima do nível pré-industrial. “Se o Acordo de Paris nos levou ao caminho das regras e da negociação, agora tem que nos levar para o mapa do caminho da implementação”, reforçou Marina.

Recursos

Ao ser questionada sobre os recursos de terras raras em territórios ocupados por comunidades tradicionais, a ministra voltou a apoiar a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de vetar os dispositivos que tratam do assunto na proposta que alterou as regras do licenciamento ambiental no país e que originou a Lei nº 15.190. “A decisão e os vetos que o presidente Lula fez no PL, que retirava o direito de manifesta consulta dos povos indígenas, dos povos, quilombolas e comunidades tradicionais, em qualquer que seja o empreendimento que tenha relação com suas terras, é uma parte dessa resposta”, afirmou a Marina.

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Para ela, qualquer solução técnica não pode ser desprovida do cuidado ético com aqueles que têm um estilo de vida diferente e ajudam a proteger os recursos naturais e a equilibrar o planeta. “O esforço é de que não se olhe só para a necessidade, pelo lado da demanda, que se tenha um crivo ético também pelo lado da oferta. São exposições concretas que o Brasil tem que ter na COP para ser um legado de verdade”, disse.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte por: Jovem Pan

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