Economia Brasileira Ralenta: Crescimento de 0,1% em 2025 e Desafios Persistem

Crescimento da Economia Brasileira Acelera, Mas em Ritmo Mais Lento

A economia brasileira apresentou um crescimento menor do que o esperado no terceiro trimestre de 2025. Os dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira mostram uma expansão de apenas 0,1% na comparação com os três meses anteriores, um ritmo mais lento do que o previsto e que reflete os desafios do momento.

O resultado, o mais fraco desde a retração observada no final de 2024, veio acompanhado de um cenário complexo. Enquanto o setor agropecuário e a indústria mostraram sinais de recuperação, o consumo das famílias perdeu força, o que contribui para o enfraquecimento da atividade econômica.

A expectativa era de um crescimento de 0,2% na comparação trimestral, e a alta de 1,8% em relação ao mesmo período de 2024 também ficou abaixo do esperado. Essa desaceleração está diretamente relacionada à política monetária restritiva, com a taxa Selic em 15%, o que impacta investimentos, crédito e, consequentemente, o consumo.

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O Banco Central deve se reunir nas próximas semanas e, por ora, manter a Selic em seu patamar atual, buscando garantir o controle da inflação e a retomada da meta de 3%. O setor de serviços, que representa cerca de 70% da economia, cresceu apenas 0,1% no trimestre, enquanto a agropecuária avançou 0,4% após uma retração no segundo trimestre.

A indústria, por sua vez, apresentou um desempenho positivo de 0,8%.

No consumo, as famílias gastaram 0,1% a menos do que no trimestre anterior, apesar do bom desempenho do mercado de trabalho e do aumento da renda. O governo, por outro lado, registrou um aumento de 1,3% nas despesas. A Formação Bruta de Capital Fixo também apresentou um avanço de 0,9% após uma retração no período anterior, mas ainda bem abaixo do ritmo observado nos primeiros meses do ano.

O setor externo teve um destaque positivo, com um aumento de 3,3% nas exportações de bens e serviços, impulsionado pela retomada do mercado americano após a redução de tarifas sobre alguns produtos, como a carne bovina e o café. No entanto, outras exportações brasileiras ainda sofrem com tarifas de 50% e as negociações com o governo norte-americano seguem em aberto.