A incerteza da política tarifária de Donald Trump possibilitou acordos entre países e blocos, como China e União Europeia. No entanto, o Brasil enfrenta desafios consideráveis para aumentar sua participação nos mercados globais, apesar das oportunidades geradas pela tarifação americana, conforme aponta o professor de Economia do Insper, Roberto Dumas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A principal barreira para o país, na sua visão, é a produtividade do trabalhador.
Dumas argumenta que a noção de que o Brasil pode preencher lacunas deixadas por outros países nas cadeias globais é “completamente equivocada”. O economista destaca que a produtividade total dos fatores é o fator determinante para o crescimento econômico e a habilidade de substituir cadeias de produção.
Desempenho educacional alarmante.
O economista Dumas destaca que, entre 76 países, o Brasil ocupa a 65ª posição em matemática, a 62ª em ciências e a 52ª em leitura, o que demonstra a falta de capacidade do país para substituir cadeias de suprimento globais.
LEIA TAMBÉM!
Além da questão educacional, Dumas aborda um aspecto crítico: o custo unitário do trabalho. Ele explica que o problema reside no fato de “o salário aumentar muito mais do que a produtividade do trabalhador”.
A diferença entre o crescimento salarial e a produtividade torna inviável a substituição das cadeias de suprimentos, afirmou o especialista. “Não é possível substituir as cadeias de suprimentos com o custo unitário do trabalho, dada a produtividade do trabalhador”, conclui Dumas, ressaltando que estes são desafios de longo prazo que não se limitam a governos específicos, mas representam questões estruturais da economia brasileira.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
WW Especial
O programa apresentado por Thais Herédia é exibido aos domingos, às 22h, em todas as plataformas da CNN Brasil.
Fonte: CNN Brasil