O principal candidato à presidência do Partido dos Trabalhadores, Edinho Silva, tem realizado esforços recentes para amenizar as divergências internas na principal linha de apoio à sigla, a CNB (Construindo Um Novo Brasil), e consolidar o grupo em torno de seu nome na disputa partidária.

O ex-prefeito de Araraquara (SP) alterou seu discurso na “Carta aos petistas”, argumentando que o PT deve formar “alianças políticas amplas”, preservando a “identidade e o protagonismo” do partido. Consulte o documento completo (PDF – 289 kB).

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É necessário formar alianças políticas abrangentes, preservando nossa identidade e papel de destaque. O Partido dos Trabalhadores deve ser o núcleo do campo democrático e popular. Para tanto, é preciso eleger representações sólidas nas Assembleias Legislativas, Câmara dos Deputados e Senado, retomar espaços nos governos estaduais e assegurar a reeleição de Lula em 2026.

Edinho enfrentava críticas de correligionários por defender uma ruptura da polarização do país em favor do avanço do diáentre diversas forças políticas. Em fevereiro deste ano, declarou que o PT deveria unir forças em 2026 com outros partidos de esquerda e com legendas de centro contra o que ele classificou como direita bolsonarista.

A declaração foi proferida em um almoço na residência da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy e do empresário Márcio Toledo. Estavam presentes o ex-senador pelo PSDB José Anibal, o ex-ministro pelo MDB Nelson Jobim e o ex-ministro da Fazenda pelo PT Antônio Palocci, que havia feito uma denúncia contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Operação Lava Jato. Em seguida, a denúncia foi removida do processo do petista pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por insuficiência de evidências.

No documento direcionado à militância petista, Edinho afirma que o PT deve ser um “motor da luta política” e “não apenas um apoiador do governo, mas um agente ativo na construção da governabilidade popular”.

Edinho também formalizou um acordo na segunda-feira (19.mai.2025) para manter a tesoureira do PT, Gleide Andrade, no cargo. Primeiramente, ele não havia se comprometido com membros da gestão atual, porém, em razão da pressão, exercida principalmente pela candidatura do então prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, Edinho cedeu. E Quaquá se retirou da disputa, unindo a CNB em torno de um candidato único.

Será realizado na noite desta segunda-feira, na sede do PT em Brasília, um ato político com os principais expoentes da CNB. Apesar de já ter registrado sua candidatura, Edinho apresentará uma lista de nomes unificada para o diretório nacional. A eleição do partido ocorrerá em 6 de julho.

Fonte: Poder 360