Eduardo afirma que poderá permanecer em “exílio” e solicita novas penalidades
Deputado licenciado afirmou não renunciar, critica Alexandre de Moraes e defende anistia ampla a aliados.

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou que não tem intenção de renunciar ao mandato, reiterando seu apoio às tarifas impostas pelo governo de Donald Trump (Partido Republicano) e defendendo a aplicação de mais sanções, como a sofrida pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que pode permanecer fora do Brasil por um longo período.
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O parlamentar declarou que considera que uma ampla anistia para Bolsonaro e seus apoiadores poderia reverter o quadro institucional e aprimorar o relacionamento com os Estados Unidos: “Para solucionar essa crise, é preciso enviar um sinal aos norte-americanos. A melhor forma, em minha opinião, é a anistia ampla, geral e irrestrita. Isso colocaria o Brasil em uma posição favorável na mesa de negociações junto ao governo dos EUA”, afirmou em entrevista ao blog Bela Megale, no jornal O Globo, publicada nesta 4ª feira (6.ago.2025).
“Não sou eu que carrego a mensagem que sou responsável por essas tarifas, mas sim o conjunto da obra feito no Brasil que é liderado pelo ministro Alexandre de Moraes” declarou. “Até agora nenhum fazendeiro ou produtor agrícola me ligou para dizer que eu deveria parar com as minhas ações. Pelo contrário. Tenho recebido parabéns e tido muito apoio nas redes sociais. As pessoas entendem que há um sacrifício a ser feito e que o pior mal é essa ditadura de toga comandada pelo ministro Alexandre de Moraes”, disse.
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Em relação a buscar maiores punições para autoridades brasileiras, Eduardo afirmou: “Trabalho sim, neste sentido. Estou levando a prisão de Bolsonaro ao conhecimento das autoridades norte-americanas e espera-se que haja uma reação. Não é da tradição do governo Trump receber essa dobrada do Alexandre de Moraes e nada fazer”.
Quanto à sua posição política e ao futuro eleitoral, Eduardo declarou que não tem intenção de renunciar ao mandato de deputado federal. Ele afirmou que enviará ofício à Câmara alegando ser alvo de perseguições. “Vou apresentar e, se decidirem por não reconhecer meus argumentos, será mais uma demonstração de que eu sou vítima desse sistema. Posso garantir que eu não vou renunciar”, disse.
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Ele declarou que sua principal prioridade é “retirar Alexandre de Moraes da equação”.
O parlamentar defendeu a destituição do ministro do Supremo, ao qual denominou “psicopata”. O congressista manifestou a intenção de obter a anistia e autorizar seu retorno ao Brasil, considerando que seria preso no momento: “Ou retorno triunfante e retomarei minhas atividades políticas no Brasil, ou viverei aqui, em exílio por décadas. Estou assumindo esse risco, acredito que vale a pena”.
Eduardo não especificou o tipo de visto que possui nos Estados Unidos, mas declarou possuir condições de residir legalmente no país. Ele também confirmou ter recebido R$ 2 milhões do pai, descrevendo-o como um auxílio pessoal. O parlamentar assegurou que não depende do salário de deputado e não identifica dificuldades com a transferência.
O congressista afirmou que só irá concorrer à Presidência em 2026 se tiver o apoio de seu pai.
Essa é uma decisão que passa pelo presidente Bolsonaro. No entanto, preciso primeiro obter sucesso nessa questão do resgate da normalidade democrática no Brasil e do isolamento do Alexandre de Moraes, na anistia, em todas essas pautas. Porque isso daria tranquilidade para eu voltar ao Brasil sem ser preso. Se, nesse cenário, Jair Bolsonaro quiser me apoiar, eu sairia candidato à presidência da República.
Fonte por: Poder 360