Eileen Higgins conquista prefeitura de Miami, pondo fim a 30 anos de governo republicano. A democrata se torna a primeira mulher e representante do partido a liderar a cidade desde 1990. Higgins obteve 56,4% dos votos, superando Emilio González
Em um resultado que reverberou nacionalmente, a democrata Eileen Higgins conquistou a prefeitura de Miami, encerrando um reinado republicano de 30 anos na cidade. A vitória marca um momento histórico, tornando Higgins a primeira mulher e o primeiro representante do Partido Democrata a liderar a cidade desde 1990.
De acordo com dados oficiais da Junta Eleitoral de Miami, Higgins obteve 56,4% dos votos, superando os 41,7% de Emilio González, candidato republicano. Os demais votos foram contabilizados como nulos, em branco ou distribuídos para candidatos menores que não atingiram o mínimo necessário para serem considerados.
A participação eleitoral, que atingiu cerca de 38%, foi considerada alta para padrões municipais na Flórida, refletindo o impacto da politização nacional no pleito. A eleição ocorreu em um contexto de forte polarização política na Flórida, com o governo federal buscando transformar o confronto em um teste de força para a base republicana.
No entanto, a vitória de Higgins, que contrastou com as projeções de analistas, demonstra a capacidade de uma candidatura independente de superar a influência direta da Casa Branca.
A vitória de Higgins é um marco em uma cidade historicamente associada ao conservadorismo latino, especialmente à comunidade cubano-americana. Desde a década de 1990, Miami havia eleito prefeitos alinhados ao Partido Republicano, sustentados por um eleitorado que priorizava políticas de livre mercado, políticas migratórias rígidas e contenção fiscal.
Contudo, nas últimas duas décadas, o perfil demográfico de Miami passou por transformações significativas. Dados do Censo revelam um forte crescimento de imigrantes venezuelanos, colombianos, brasileiros e centro-americanos, que não necessariamente compartilham da mesma orientação política consolidada entre os cubano-americanos.
Esse novo cenário plural criou um terreno fértil para uma candidatura com um discurso menos ideológico e mais focado em temas estruturais da cidade.
A crise habitacional, considerada uma das mais severas dos Estados Unidos, tornou-se central no comportamento eleitoral. O preço médio do aluguel em Miami aumentou de forma desproporcional em relação à renda local, pressionando jovens, famílias imigrantes e trabalhadores da classe média.
Higgins, ao assumir a prefeitura, priorizou a habitação como um tema central, propondo ampliar programas de habitação acessível, modernizar o transporte público, revisar políticas de desenvolvimento imobiliário e fortalecer ações voltadas à integração de imigrantes regularizados.
A campanha do presidente Donald Trump, que apoiou o candidato republicano Emilio González, incluiu a participação ativa do presidente em eventos públicos, gravações de vídeos e mobilização de seu eleitorado nas redes sociais. A Casa Branca tentou enquadrar González como uma barreira contra supostas tendências progressistas e como defensor de políticas migratórias mais duras.
No entanto, analistas políticos em Miami afirmam que o envolvimento presidencial pode ter sido decisivo para o recuo de setores da classe média, que preferiram concentrar-se em problemas urbanos concretos e rejeitaram a polarização artificial.
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