Eletrobras homologa acordo com o governo e nomeia novo diretório (sem Mantega)

A Eletrobras comunicou a distribuição de dividendos complementares de 2024, no montante de R$ 1,798 bilhão.

30/04/2025 11h47

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(Imagem de reprodução da internet).

A Eletrobras comunicou ao mercado que os acionistas, em assembleia geral, aprovaram o acordo com a União, formalizado em março.

O novo acordo determina que o governo ocupará três assentos no Conselho de Administração da empresa, elevando a representação da União de nove para dez cadeiras.

Em sua época, uma Assembleia Geral Extraordinária da Eletrobras aprovou a expansão do número de vagas no conselho de nove para dez.

De acordo com o acordo entre o governo e a Eletrobras, foi suspensa a programação de investimentos de 2022 na Eletronuclear, incluindo a construção da usina Angra 3. A Eletrobras mantém sua participação na empresa.

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A Eletrobras não precisará mais realizar novos investimentos na empresa, com exceção de Angra 3 – a negociação continua em andamento.

Os termos do acordo foram homologados por uma câmara de negociação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em maio de 2023, no primeiro ano do governo Lula, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal questionando a privatização da Eletrobras.

O governo federal buscava restabelecer o poder de voto da União na empresa. Embora detivesse aproximadamente 40% das ações da Eletrobras, a União possuía apenas 10% dos votos nas reuniões de acionistas.

A aprovação do acordo ocorreu com forte apoio dos acionistas, totalizando 796,6 milhões de votos favoráveis e 964 votos contrários. Houve também 242,1 milhões de abstenções e votos em branco.

Atualmente, a Eletrobras possui 2,027 bilhões de ações ordinárias em circulação no mercado financeiro, das quais 930 milhões (45,92%) pertencem ao “grupo governo”, composto por acionistas como a União, o braço de participações do BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

Eleição de conselho

A Eletrobras anunciou na terça-feira a composição de seu novo Conselho de Administração.

Três pessoas indicadas pelo governo foram escolhidas: os ex-ministros de Minas e Energia Silas Rondeau e Nelson Hubner e o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) Mauricio Tolmasquim.

Rondeau e Hubner trabalham na Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear (Enbpar), enquanto Tolmasquim é diretor de Transição Energética da Petrobras.

Foram eleitos, com indicação da atual administração da Eletrobras: Carlos Marcio Ferreira, Felipe Villela Dias (reconduzido), Vicente Falconi (reconduzido), Marisete Dadald Pereira (reconduzida), Ana Silvia Corso Matte (reconduzida), José João Abdalla e Pedro Batista (reconduzido).

Foram também escolhidos cinco integrantes para a Câmara de Fiscalização. Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, retirou sua candidatura após ser nomeado pelo governo para o conselho.

Distribuição de lucros de uma empresa aos seus acionistas.

A Eletrobras comunicou a distribuição de dividendos complementares de 2024, no montante de R$ 1,798 bilhão.

Os dividendos são a parte do lucro líquido que uma empresa repassa aos seus acionistas. Também são chamados de dividendos os rendimentos distribuídos periodicamente pelos fundos imobiliários aos seus cotistas.

A empresa comunicou que se trata da maior distribuição de dividendos em sua história. Incluindo os valores distribuídos em janeiro deste ano, o total alcançará R$ 4 bilhões, correspondendo a aproximadamente 41% do lucro líquido ajustado da empresa no ano anterior.

Fonte: Metrópoles

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