O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, no sábado (24.mai.2025), que a política do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de elevar as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é de “menos vaca e mais leite”.
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Ele argumenta que a política do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, agrava ainda mais a situação dos empresários, levando a uma diminuição dos investimentos, maior dificuldade no acesso ao crédito, aumento da inadimplência e elevação do desemprego.
Em um cenário de fragilidade econômica, o governo opta por dificultar ainda mais a vida dos empreendedores. Defendo que essa política é de “Menos Vacas e Mais Leite”, uma tentativa absurda de arrecadar mais, penalizando quem produz e gera empregos.
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Bolsonaro afirmou que os integrantes da Oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), e na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), buscarão revogar o decreto do governo federal no Congresso. Alegou que o propósito dos parlamentares é preservar a livre iniciativa e a competitividade das empresas brasileiras.
O ex-presidente mencionou em sua mensagem um estudo da Multiplike que demonstra que o aumento do IOF “mais que dobra a alíquota” sobre operações de crédito empresarial. Segue a íntegra do comunicado da gestora (PDF – 2 MB).
A pesquisa indica que empresas que dependem de capital de giro passam a suportar um custo ainda mais elevado ao antecipar recebíveis. Diante da taxa básica, a Selic, em 14,75% ao ano, e da cobrança elevada de juros no mercado, a ação do governo é “mais um obstáculo para quem precisa de fluxo financeiro para crescer”, segundo a Multiplike.
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Na sexta-feira (23.mai), Bolsonaro afirmou que as alterações no IOF tendem a desestimular investimentos e aumentar o custo do acesso ao crédito. Alegou que os impactos serão negativos para a economia brasileira. “O país não suporta mais o aumento constante da alta carga tributária”, declarou em publicação nas redes sociais.
Haddad anunciou na quinta-feira (22.mai) o aumento do IOF, mas voltou algumas horas depois e revisou parte da medida. A principal alteração foi o recuo na cobrança sobre aplicações de fundos nacionais no exterior, que seguirá isenta de tributação.
As alterações no IOF impactarão os cartões utilizados em viagens ao exterior. O tributo nessas operações estava em 3,38% em 2025 e sofreria uma redução gradual até 0% em 2028. A equipe econômica decidiu que a transição não seria implementada, mantendo uma taxa fixa de 3,5%. A regra para o cartão internacional se aplica às modalidades de débito, crédito e pré-pagos. A definição da redução progressiva do IOF foi estabelecida pelo governo Bolsonaro em 2022.
Leia a íntegra da mensagem de Bolsonaro.
Menos gado leiteiro, mais produção de leite.
O governo Lula mantém a elevação do IOF para as empresas, o que diminuirá os investimentos, dificultará o acesso ao crédito, elevará a inadimplência e causará desemprego.
Apesar de ter revisado apenas dois pontos referentes à taxa IOF sobre operações de câmbio, os demais aumentos permanecem em vigor.
É fundamental ressaltar que o aumento do IOF permanece em vigor para as empresas brasileiras.
Aumento mais que dobra a alíquota do IOF sobre operações de crédito empresarial, conforme aponta a gestora Multiplike.
Em um contexto de vulnerabilidade econômica, o governo decide intensificar as dificuldades enfrentadas pelos empresários.
Chamo essa política de “Menos Vacas e Mais Leite”, uma tentativa absurda de arrecadar mais, penalizando quem produz e gera empregos.
Acredita-se que o governo pensa que, por meio da restrição de empresários, aumentará a arrecadação, o que é totalmente equivocado.
O nosso Decreto 10.997, de março de 2022, tinha como objetivo eliminar gradualmente o IOF de câmbio até o ano de 2028.
Rogério Marinho e Zucco propuseram a Proposta de Emenda à Lei (223/2025 e 214/2025), com o objetivo de revogar os efeitos do Decreto 12.466/25 (que eleva o IOF).
Os parlamentares buscam promover a livre iniciativa e a competitividade das empresas brasileiras.
Fonte: Poder 360