A história de Elize Matsunaga, marcada pelo trágico assassinato de seu marido, Marcos Matsunaga, continua a gerar debates e questionamentos. A complexidade do caso vai além da brutalidade do crime, envolvendo intrincadas questões patrimoniais e a forma como a herança do empresário foi tratada.
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O jornalista Ulisses Campbell, autor do livro “Elize Matsunaga: A Mulher Que Esquartejou o Marido”, detalha o que realmente aconteceu com os bens da família.
Um Legado de Luxo e Riscos
O casal Matsunaga vivia uma vida de extremo luxo, marcada por investimentos e posses de alto valor. Segundo Campbell, Elize já detinha duas coberturas triplex, somando quase 2.000 metros quadrados, que foram unidas para formar um único imóvel. Um dos apartamentos estava no nome de Marcos, enquanto o outro pertencia a Elize.
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Além disso, o casal possuía armas de fogo e um investimento particular de grande porte: uma adega de vinhos avaliada inicialmente em R$ 3 milhões.
A Lei e a Recuperação dos Bens
A legislação brasileira impediu que Elize herdasse a fortuna de Marcos. A família do empresário agiu para recuperar os bens que estavam em seu nome. “A família do Marcos foi lá, conseguiu tomar o apartamento que estava no nome dela”, explica Campbell.
O bem mais suntuoso foi retirado de seu poder.
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A Adega de Vinhos e a Contrabandagem
A situação se complicou ainda mais com a descoberta de que a adega de vinhos era contrabandeada, com vinhos importados em contêineres da Yoki. Essa irregularidade levou à tributação dos vinhos, que caiu de R$ 3 milhões para R$ 1,8 milhão. A parte de Elize, portanto, reduziu-se a R$ 900 mil.
Negociação e Dívidas Legais
Para evitar que Elize permanecesse com as garrafas de vinho, a família de Marcos decidiu comprá-la. “Olha, a gente quer comprar o vinho, a gente não quer que essas garrafas de vinho fiquem com a Elize, então a gente vai pagar R$ 900.000” – afirmou Campbell.
No entanto, o dinheiro mal entrou na conta e foi rapidamente consumido por dívidas advocatícias, devido à complexidade das causas.
Conclusão
Elize Matsunaga, ao final do processo de inventário, não obteve nenhum dos bens que possuía, e a quantia de R$ 900 mil, obtida através da venda de sua parte na adega de vinhos, foi integralmente utilizada para cobrir despesas legais.
