Em 2023, Lula ordenou a remoção dos portões do Planalto

Há dois anos, o petista afirmou que o ato era em favor da democracia; Moraes ordenou que a PM fechasse a Praça dos Três Poderes e proibiu manifestações …

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(Imagem de reprodução da internet).

Em contraposição à decisão de instalar cercas e restringir o acesso à Praça dos Três Poderes sob o comando do ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ordenou a remoção das grades ao redor do Palácio do Planalto em 2023, em apoio à democracia.

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Se eu desejasse cercar o povo, não permitir que ele faça protesto, não tem sentido a democracia. Aquilo foi feito em um momento em que o PT já não governava mais o país, na gestão do Temer. Significa que, quem faz coisa errada tem medo. E aquilo ficou durante toda a gestão “da coisa”, disse o presidente ao retirar o gradil há 2 anos.

Assista (6min22s):

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O Poder360 consultou o Palácio do Planalto, por meio da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), sobre se Lula mantém o posicionamento de dois anos atrás, porém não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto.

Em resposta a uma questão sobre sua segurança, Lula afirmou não necessitar de reforços na área, mas solicitou que não ocorram negligências que permitam ocorrências como as do dia 8 de janeiro, quando o Palácio foi invadido por extremistas de direita.

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“Não é necessário construir barreiras. Se os irresponsáveis que tentaram promover o golpe desejarem gerar impacto, serão tratados de acordo com suas ações”.

Na segunda-feira (28.jul.2025), no decorrer da tarde, agentes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) removiam novamente grades ao redor do Planalto. Conforme apurado pelo Poder360, as cercas foram instaladas em razão da expectativa de manifestações ao longo do fim de semana.

De acordo com Lula, em 2023, as grades poderiam ser utilizadas em ocasiões específicas, mas deveriam ser removidas assim que não fossem mais necessárias. “Quando houver um evento que exija uma proteção para garantir, inclusive a segurança do povo, você coloca uma grade em qualquer lugar e depois você retira após o evento”, declarou.

Em 2024, mais uma manifestação pública ocorreu com a remoção das grades do STF. O presidente da Corte, Roberto Barroso, Lula, Moraes e o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também estiveram presentes nesse ato simbólico.

As barreiras passaram a ser implementadas em 2013, tornando-se permanentes em 2016. A partir daí, o número de obstáculos cresceu de forma progressiva.

Assista (1min13s):

A retirada do equipamento de segurança ocorreu logo após a sessão de abertura do Ano Judiciário. Na cerimônia, Barroso afirmou que era uma “benção” poder realizar a abertura sem nenhuma preocupação que não sejam as “preocupações normais de um país”, como saúde e educação.

Moraes determina que seja encerrado.

A Praça dos Três Poderes, em Brasília, ficou fechada no sábado (26.jul) por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

Assista (1min38s):

A Polícia Militar do Distrito Federal implementou novas barreiras de contenção ao redor da praça, conforme solicitação da Secretaria de Segurança Pública.

A área, frequentemente movimentada por turistas que visitam o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF, fica isolada aos finais de semana.

No domingo (27 de jul), turistas retomaram o acesso à área, porém com restrições. O local continua isolado por grades de contenção e sob vigilância de policiais.

A decisão foi tomada na sexta-feira (26.jul) após o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estabelecer um acampamento no local.

O parlamentar, que realizava uma manifestação individual com um curativo na boca e usava uma camisa com a bandeira de Israel, afirmou estar em “júbilo de palavras”.

Ele saiu do local na madrugada, após a PM executar a ordem de remoção imediata emitida por Moraes.

O ministro determinou a proibição de acampamentos em um perímetro de 1 quilômetro da Praça dos Três Poderes, da Esplanada dos Ministérios e dos quartéis das Forças Armadas.

O juiz justificou o encerramento “para assegurar a segurança pública e prevenir novos incidentes criminosos como os atos extremistas de 8 de janeiro de 2023”.

Fonte por: Poder 360

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