Em 2024, o Brasil registrou a seca mais severa em 70 anos, segundo estudo
Seca unida a temperaturas elevadas intensificou a disseminação de incêndios em âmbito nacional, em uma escala sem precedentes.

Em 2024, o Brasil enfrentou a seca mais severa e abrangente em setenta anos, conforme apurado por uma pesquisa de um laboratório da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.
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A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (21), indica que a união entre a seca e as altas temperaturas intensificou a disseminação de incêndios em âmbito nacional, em uma magnitude sem precedentes.
Adicionalmente aos incêndios, a destruição de florestas primárias, como a Amazônia, ocorreu sobretudo devido ao desmatamento para a expansão da cultura da soja e da criação de gado.
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O Brasil detém a maior quantidade de florestas tropicais primárias do planeta e permanece como o principal responsável pelo desmatamento, respondendo por 42% de todas as perdas de florestas tropicais primárias nos trópicos.
O aumento das taxas de desmatamento, sem relação com incêndios, também se notou. Houve um crescimento de 13% de 2024 para 2023, porém ainda inferior aos níveis máximos do início dos anos 2000.
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O estudo ainda detalha as perdas em três grandes formações vegetais brasileiras.
Os pesquisadores enfatizam que políticas de conservação e fiscalização são fundamentais, bem como maiores investimentos em programas nacionais de prevenção de incêndios.
Ainda recorrem ao Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), administrado pelo Ibama, que capacita comunidades locais para lidar com incêndios e implementar o manejo sustentável de áreas sem que estas causem fogo.
A pesquisa foi conduzida pelo Laboratório de Análise e Descoberta de Terras Globais (GLAD) da Universidade de Maryland, utilizando dados do Global Forest Watch (GFW) do World Resources Institute (WRI).
Fonte: CNN Brasil