Em 2025, o governo revisa as projeções do Produto Interno Bruto para 2,4% e a inflação para 5%

O ministro Fernando Haddad afirma que o Brasil “possui todas as condições para alcançar um crescimento de 3%” até o final de 2026.

19/05/2025 19h31

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(Imagem de reprodução da internet).

A Secretaria do Tesouro Nacional atualizou as previsões para o crescimento econômico corrente, elevando a estimativa de 2,3% para 2,4%. Para o ano de 2026, a expectativa é de um crescimento de 2,6%.

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Os números constam no Boletim Macrofiscal, com estimativas da Secretaria de Política Econômica (SPE), publicado nesta segunda-feira (19).

A publicação indica que a revisão está relacionada a uma expectativa de maior crescimento no primeiro trimestre do ano e na produção agropecuária, que deverá alcançar um novo recorde de safra em 2025.

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A previsão para o Brasil é que o PIB cresça 1,6% no primeiro trimestre. Mesmo com a redução no ritmo de expansão de setores cíclicos e menor estímulo proveniente do mercado de trabalho e crédito, espera-se uma aceleração do crescimento da economia, impulsionada, sobretudo, pelo forte crescimento projetado para o setor agropecuário.

Entretanto, a SPE prevê uma desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo semestre deste ano. De acordo com o texto, isso se deve a uma menor projeção para o PIB de serviços, que passará de 2,4% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com 3,4% no trimestre anterior.

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O ministro Fernando Haddad afirma que o país “possui todas as condições de crescer 3%” até o fim de 2026.

Podemos concluir os quatro anos do mandato do presidente Lula com a taxa média de crescimento de 3%. Eu penso que este ano, mesmo com as juros altos, vamos crescer em torno de 2,5%, disse Haddad em entrevista ao Uol na semana passada. O país cresceu 3,2% em 2023 e 3,4% em 2024, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulga os dados oficiais.

Os analistas de mercado, em relatório do Banco Central, projetam uma expansão de 2,02%. Para o ano de 2026, a previsão é de crescimento modesto, em 1,70%.

A projeção de inflação para 2025 foi atualizada, passando de 4,9% da última divulgação para 5% em maio.

Conforme a SPE, a alteração se deve a “pequenas surpresas” no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, juntamente com “alterações marginais” nas expectativas para os próximos meses.

A queda na inflação se torna mais evidente a partir de setembro, segundo o texto.

Em 2026, a projeção de inflação permaneceu “relativamente estável”, evoluindo de 3,5% para 3,6%, dentro da faixa da meta de inflação que é 3%.

Em 2027, espera-se que o IPCA se aproxime do centro da meta.

Os analistas consultados pelo BC revisaram para baixo suas projeções de inflação para o ano corrente, alterando de 5,51% para 5,50%.

Para 2026, a expectativa de inflação é de 4,50%. Em 2027, a projeção permanece em 4%. E em 2028, a estimativa se mantém em 3,80%.

Adicionalmente às previsões de crescimento e inflação, o boletim também indica uma melhora na perspectiva fiscal para 2025.

A projeção de déficit primário foi revisada de R$ 80 bilhões em fevereiro para R$ 72,7 bilhões em maio, o menor valor desde outubro de 2023. De acordo com a SPE, esse valor ainda está acima do limite inferior da meta fiscal após compensações com precatórios, que possibilitam um déficit de até R$ 31,1 bilhões.

Apesar do déficit, o governo estima um superávit primário de R$ 14,58 bilhões para 2025, levando em conta as regras de compensação estabelecidas no arcabouço fiscal. Esse resultado representa 0,12% do PIB.

As previsões de arrecadação da Receita Federal também mantêm um cenário positivo. A média das projeções subiu de R$ 2,68 trilhões em janeiro de 2024 para R$ 2,84 trilhões em maio deste ano. A receita líquida do governo central foi estimada em R$ 2,31 trilhões, ou 18,27% do PIB – ligeiramente inferior ao projetado na Lei Orçamentária (18,69%).

As projeções de despesas permanecem em R$ 2,38 trilhões, estáveis desde o início do ano, o que representa 18,93% do PIB.

As projeções de crédito bruto do governo também foram revisadas para baixo: de 80,7% do PIB em fevereiro para 80,3% em maio, em razão da expectativa de menor déficit e revisão para cima do PIB nominal. Em março, segundo o Banco Central, a dívida estava em 75,9% do PIB.

Nas seguintes anos, as projeções fiscais são mistas. O mercado antecipa piora no resultado primário em 2026, com déficit estimado em R$ 80,7 bilhões. Já para 2027 e 2028, observou-se melhora, com déficits de R$ 50,7 bilhões e R$ 22,4 bilhões, respectivamente.

A dívida pública deverá aumentar em relação ao PIB nesses anos, com projeções de 81,3% em 2026 e 82,5% em 2027. Contudo, o boletim aponta uma tendência de estabilização nas expectativas de endividamento após a deterioração registrada em 2024.

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Fonte: CNN Brasil

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