Ao Lalu Muhamad Iqbale, governador da província de Nusa Tenggara Ocidental (NTB), na Indonésia, onde se localiza o Monte Rinjani, ele reconheceu que a infraestrutura de equipamentos e profissionais para resgate é insuficiente. A admissão ocorre após o acidente com a brasileira Juliana Marin, de 26 anos, que morreu após cair de uma trilha no local. “Reconhecemos que o número de profissionais de resgate vertical certificados ainda é insuficiente e que nossa equipe ainda tem falta de equipamentos necessários para essas missões”, disse o governador em uma carta aberta ao Brasil publicada neste sábado (28) em suas redes sociais. “Também reconhecemos que a infraestrutura de segurança pelas trilhas do Monte Rinjani precisa ser melhorada, já que a montanha passou de um destino de trilhas para uma atração internacional de turismo”, completa.
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Ele afirma que, mesmo com os esforços notáveis da equipe de resgate local, as operações para resgatar Juliana foram dificultadas pelas condições naturais. “Neblina intensa e chuvas contínuas prejudicaram os esforços de resgate desde o primeiro dia, dificultando até mesmo a detecção precisa das coordenadas por drones com sensor de calor. Além disso, o terreno arenoso representou um risco extremo para os dois helicópteros”, explica. O governador indonésio também comenta que grande parte da equipe que participou do resgate é composta por voluntários que arriscaram suas vidas para tentar salvar a brasileira.
“Asseguro que, desde o primeiro momento em que fomos informados sobre o acidente, nossa equipe de resgate agiu com urgência e dedicação. Eles arriscaram a própria segurança para cumprir essa missão. Muitos deles eram voluntários, movidos apenas pela compaixão e humanidade”, afirma. Iqbale se comprometeu a aumentar o preparo para futuras emergências e desastres na região do vulcão, incluindo a busca por parcerias com especialistas globais em montanhismo e operações de resgate vertical.
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O parque onde está localizado o Monte Rinjani reabriu a trilha de escalada que permite o acesso ao local no sábado. A administração do parque informou a reabertura da trilha após a operação de resgate, sem mencionar o nome da turista falecida. Também solicitou “segurança em primeiro lugar” e o uso dos caminhos oficiais, mas não afirmou se os protocolos de segurança do local foram aprimorados. As autoridades locais foram acusadas de negligência durante todo o período em que Juliana ficou desaparecida – ela se acidentou no sábado (21), e seu corpo só foi encontrado na terça-feira (24).
Com informações do Estadão Conteúdo.
Fonte por: Jovem Pan
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