Em meio a críticas a Trump, há interesse em compreender a China, o BRICS e a nova ordem global
A queda da “velha ordem” e a mudança de poder para a Ásia estão no programa.

“Não existe praticamente nada no mundo que não se relacione com China, Brics e o declínio relativo dos EUA e seus aliados”, adverte o cientista político e doutor em estudos estratégicos internacionais Diego Pautasso. Com este argumento, ele e a doutoranda em políticas públicas Isis Paris Maia, também coordenadora acadêmica do Grupo de Estudos sobre China da Universidade de Brasília (GeChina-UNB), vão ministrar o curso “China, Brics e a nova ordem mundial: transição sistêmica”.
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O tema é absolutamente essencial para compreender o mundo contemporâneo, reitera o professor. Ainda mais quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, temendo o progresso econômico, político, científico, tecnológico e diplomático da China, ameaça os demais países, inclusive aliados, com tarifas que podem desmantelar setores da economia.
O curso não replica narrativas dominantes, também não reproduz entusiasmo acrítico, promete o professor. Não se limita à análise de conjuntura, busca compreender os fundamentos teóricos, históricos e empíricos do tema em questão.
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Preciso compreender esses processos além das superficialidades, lançando luz em sua origem e transformações, acrescenta Pautasso, que foi professor colaborador no Centro de Estudos da América Latina e Caribe da Universidade de Ciência e Tecnologia do Sudoeste, em Sichuan, na China.
Os BRICS e o Sul Global
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As discussões incluem as origens do Sul Global, a relação entre os BRICS, o Sul Global e as transformações sistêmicas, a emergência da multiplaridade, o papel da China como agente de alternativas, a construção de uma nova ordem internacional, o enfraquecimento da ordem estabelecida e a mudança de poder para a Ásia, bem como os desafios e riscos associados à escalada de conflitos.
A formação faz parte do projeto Fios da China, com aulas online nos dias 12, 14, 19 e 21 deste mês. Serão oferecidas quatro aulas síncronas, com interação e debates. Também haverá um fórum de discussões e material de apoio. Mais informações através do site.
Fonte por: Brasil de Fato