Embaixada de Israel apoia projetos para ampliar atuação em Gaza
Acordo não avança: esforços para um armistício na guerra não obtiveram sucesso.

O governo israelense aprovou planos para uma operação expandida na Faixa de Gaza, segundo relatos da mídia israelense, indicando que os esforços para cessar os confrontos e resgatar os reféns detidos pelo Hamas não avançaram.
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A decisão foi tomada após declarações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e do chefe das forças militares, o tenente-general Eyal Zamir, que apontavam para uma intenção de Israel de intensificar a campanha em Gaza.
Após o fim de um cessar-fogo anterior em março, as tropas israelenses têm expandido significativamente áreas de segurança em Gaza, concentrando a população de 2,3 milhões de pessoas em áreas cada vez menores no centro e ao longo da costa do enclave, além de obstruir a passagem de veículos de assistência humanitária.
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“Enquanto o Hamas não liberar os reféns, intensificaremos consideravelmente nossas ações militares”, declarou uma autoridade israelense não identificada, conforme reportado pelo Ynet, um dos principais portais de notícias de Israel.
Um porta-voz do gabinete de Netanyahu não comentou as reportagens, que indicavam que a decisão seria aprovada pelo gabinete completo no domingo.
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Na quinta-feira, Netanyahu afirmou que, apesar da busca pelo retorno dos reféns, dos quais se estima que 24 ainda estejam vivos, a prioridade de Israel em Gaza permanece a derrota do Hamas.
“Na guerra, há o objetivo final — e esse objetivo final é a vitória sobre nossos inimigos”, declarou.
Apesar da mediação do Egito e do Catar não ter conseguido restabelecer o acordo de cessar-fogo, Israel e o Hamas não mostraram flexibilidade em suas posições, com ambos acusando o outro da falha nas negociações.
Israel exige o desarmamento do Hamas e sua exclusão de qualquer função no futuro governo de Gaza, na busca pelo retorno de 59 reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza, uma demanda que o grupo extremista rejeita.
O grupo que governa Gaza desde 2007, insiste na conclusão permanente dos conflitos e na saída das tropas israelenses como requisito para um acordo que garanta a libertação dos reféns.
O governo Netanyahu negou ter recusado uma proposta de cessar-fogo enviada por intermediários egípcios, afirmando que o Hamas é o responsável por impedir um acordo para cessar os confrontos.
Os líderes militares israelenses afirmaram que estavam preparados para aumentar suas operações em Gaza em breve.
“Utilizaremos ao máximo nossos recursos, intensificaremos o ritmo e a força da operação e, se for necessário, faremos isso em breve”, declarou Zamir em uma cerimônia do Dia da Independência na quinta-feira.
Na sexta-feira, Israel continuou a atacar diversas áreas de Gaza, resultando em pelo menos 25 mortes de palestinos, de acordo com as autoridades de saúde locais.
A ofensiva israelense teve início após um ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 pessoas em Israel e sequestro de 251 reféns. Até o presente momento, a ação israelense causou a morte de mais de 50.000 palestinos e destruiu Gaza, onde organizações de assistência apontam que o bloqueio israelense pode provocar uma crise humanitária.
Fonte: CNN Brasil