Embaixada dos EUA faz declaração que atinge ministros favoráveis a Moro
O Departamento de Estado dos EUA emitiu uma mensagem alertando o ministro Moraes e os membros do Judiciário que o apoiam.

A embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou na quarta-feira (6.ago.2025) uma mensagem com alertas ao ministro do STF Alexandre de Moraes e aos membros do Judiciário brasileiro que o apoiam. O comunicado foi publicado por meio de um post em rede social de Darren Beattie, funcionário da diplomacia norte-americana, que declara que o governo Trump está “monitorando a situação de perto”.
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A embaixada dos EUA fez críticas diretas a Moraes e alertou seus aliados no Judiciário brasileiro. Na declaração divulgada, Beattie acusa o ministro do STF de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores.
O ministro Moraes é o principal responsável pela censura e perseguição a Bolsonaro e seus apoiadores. Suas evidentes violações de direitos humanos levaram a sanções sob a Lei Magnitsky, impostas pelo então presidente Trump. Os associados de Moraes no Poder Judiciário e em outras instâncias estão sendo alertados para não apoiar ou facilitar as ações de Moraes. A situação está sendo acompanhada de perto, declarou Beattie na mensagem divulgada pela embaixada.
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O comunicado foi divulgado após Moraes determinar a prisão domiciliar de Bolsonaro. A decisão judicial ocorreu em um contexto de manifestações de apoiadores do ex-presidente que tentavam pressionar o Congresso Nacional pela aprovação de uma anistia.
Beattie atualmente trabalha na diplomacia dos Estados Unidos. Ele foi desligado do cargo durante o primeiro mandato de Donald Trump em 2018, após ter sido revelada sua participação em um evento que incluía a presença de supremacistas brancos.
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O ex-presidente Bolsonaro será julgado em setembro no contexto da suposta trama golpista. Se condenado, poderá receber penas que variam de 12 anos e 6 meses até 43 anos de prisão, de acordo com as acusações apresentadas.
Bolsonaro foi inserido em investigação sobre possível conluio e obstrução da Justiça. O inquérito também envolve seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Eduardo está nos Estados Unidos buscando obter sanções de Trump contra o STF e o Brasil.
Não há informações sobre qual será a resposta oficial do STF ou do governo brasileiro diante das declarações da Embaixada dos EUA.
Fonte por: Poder 360