Embaixada relata que houve negociações para que refugiados deixassem o local

Após quase 24 horas de silêncio, o número dois do chavismo nega versão dos EUA de que opositores foram “resgatados”.

07/05/2025 22h23

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O governo de Nicolás Maduro negou nesta quarta-feira (7) que opositores venezuelanos que se encontravam em asilo na embaixada argentina em Caracas tenham sido resgatados pelos Estados Unidos, e declarou que eles deixaram o país após negociações com o chavismo.

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Após quase 24 horas do anúncio dos Estados Unidos de que os asilados venezuelanos deixaram a sede diplomática argentina e foram para os EUA, o único integrante do regime chavista a se manifestar sobre o caso foi o ministro do Interior e Justiça da Venezuela, Diosdado Cabello.

Cabello declarou no programa da emissora estatal que quatro opositores, que se encontravam na embaixada, deixaram o país após terem estabelecido contato com o governo chavista.

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“Eles montaram seu show e no final acabaram negociando”, disse Cabello. Segundo ele, a mãe da líder opositora também saiu da Venezuela em um voo para a Colômbia, como parte da negociação, e a versão de que os asilados foram resgatados pelos Estados Unidos é um “relato”.

Ele, contudo, declarou não poder fornecer mais informações. “Não posso revelar muitos detalhes porque tenho compromisso e prometi não comentar. Mas, como houve declarações que associaram o fato à produção de ‘Missão Impossível’, preciso expor o que realmente aconteceu”, afirmou.

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A versão de Cabello, número dois do chavismo, contesta a versão dos Estados Unidos e da Argentina sobre a saída dos opositores, que teriam sido “resgatadas” após uma “operação” liderada pelo governo de Donald Trump.

O porta-voz do governo argentino, Manuel Adorni, afirmou que ocorreu uma “operação de extração” dos asilados da embaixada e que “não houve negociação” com o regime de Maduro.

“Quem disse que não houve negociação, é porque foi deixado de fora e não tem nada a dizer”, ironizou Cabello, complementando: “A permanência dessas pessoas na embaixada dependia deles. Nós não os colocamos ali”.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou, na terça-feira (6), que os opositores estão agora nos Estados Unidos.

O governo brasileiro, que supervisionava a embaixada argentina após a expulsão dos diplomatas de Javier Milei da Venezuela, declarou que, mesmo com negociações com o chavismo, não obteve salvo-conduto para os opositores, que estavam sob mandado de prisão em seu país.

Cabello também negou que fossem cinco os asilados que deixaram o país na terça. Segundo ele, havia somente quatro pessoas no local, após uma das asiladas deixar “por sua conta” a sede diplomática em 20 de agosto do ano passado e outro se entregar para as autoridades do Ministério Público do país em dezembro.

Uma fonte diplomática relacionada ao caso confirmou para a CNN que uma das asiladas escapou há meses da embaixada em Caracas. A equipe de Machado não comentou sobre a declaração de Cabello.

Fonte: CNN Brasil

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