Analistas do Itaú BBA projetam um aumento significativo no desempenho da Embraer no quarto trimestre do ano, estimado em cerca de US$ 215 milhões. Esse crescimento está diretamente ligado à recente divulgação de dois novos pedidos de jatos comerciais, anunciados nesta segunda-feira, 17, pela própria Embraer.
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Os contratos incluem até 20 aeronaves, combinando pedidos firmes com opções adicionais, e devem ser incorporados ao resultado financeiro do período de outubro a dezembro.
Os novos pedidos foram feitos pela companhia Helvetic Airways, que adquiriu três aeronaves do modelo E195-E2, com a possibilidade de comprar mais cinco unidades. A Air Côte d’Ivoire, companhia aérea nacional da Costa do Marfim, também encomendou quatro aeronaves do modelo E175, com a opção de adquirir até oito unidades adicionais.
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As entregas das aeronaves da Helvetic devem começar até o final de 2026, enquanto as da Air Côte d’Ivoire estão previstas para o primeiro semestre de 2027.
A Helvetic Airways, que já opera jatos E2 da Embraer, ampliará sua frota para até 20 unidades, consolidando a presença da fabricante na Europa. A Air Côte d’Ivoire, por sua vez, iniciará sua operação com aeronaves Embraer, visando melhorar a conectividade do hub de Abidjan, capital econômica da Costa do Marfim, através de rotas domésticas e regionais.
A Embraer destaca que atualmente, 250 aeronaves são operadas por 56 clientes diferentes na África. Nos últimos 10 anos, a frota da empresa no continente apresentou um crescimento médio composto de 7,5%. A Embraer lidera o mercado africano de aeronaves de até 150 assentos, com 31% de participação de mercado.
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Além dos pedidos de aeronaves, a Embraer anunciou um “memorando de entendimento” que abre caminho para cooperação nos setores de defesa e aeroespacial no Oriente Médio, envolvendo a Advanced Military Maintenance, Repair and Overhaul Center (AMMROC) e Global Aerospace Logistics (GAL), sediadas nos Emirados Árabes Unidos.
Analistas da XP Investimentos observam que esses anúncios reforçam um “sentimento construtivo dos investidores”, com projeções de que o guidance de 2025 será atingido ou até superado. No entanto, destacam uma preocupação com múltiplos de avaliação, considerando um Preço/Lucro 2026 de 20,9 vezes.
