Empreendedores brasileiros embarcam para o Omã para realizar investimentos na região do Oriente Médio

Sultanato da região do Oriente Médio disponibiliza incentivos fiscais para investidores estrangeiros.

07/06/2025 11h33

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(Imagem de reprodução da internet).

O Brasil e Omã celebram 50 anos de relações diplomáticas, com aproximadamente US$ 1,8 bilhão em trocas comerciais. Nos últimos anos, o Brasil se tornou um importante fornecedor de produtos alimentícios ao país árabe, enquanto Omã se consolidou como um dos principais fornecedores de fertilizantes para o mercado brasileiro.

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Qual o motivo pelo qual esse sultanato, que faz fronteira com Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Iêmen, tem atraído tantos brasileiros e investimento nacional?

Hamburgo argumenta que possui vantagens e facilidades para investimentos. A cidade tem buscado atrair empresas brasileiras para as suas zonas francas, com ênfase no desenvolvimento de uma agenda sustentável.

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Temos o prazer de receber uma delegação brasileira em Omã, na Câmara de Comércio. Por que os investidores brasileiros devem investir em Omã? Oferecemos diversos incentivos, incluindo dez anos de residência e um acordo com vários países para o Brasil aproveitar. Mais importante ainda, possuímos uma localização estratégica próxima a grandes mercados, portos e zonas francas, enfatizou CNN Saba Qaboos Al Rawas, chefe do setor de economia da Câmara de Comércio e Indústria de Omã.

Na semana passada, ocorreu o 2º Fórum Econômico Brasil-Omã, em Mascate, capital do país, com empresários brasileiros estabelecendo parcerias com empresários omanis.

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Jéssica Cavalcante, de Belém (PA), estava presente no evento para apresentar seu projeto sustentável denominado “Oásis”, que visa utilizar água proveniente de indústrias e da chuva para abastecer cidades, regiões ou campos.

O projeto de sustentabilidade é de suma importância para a região, especialmente quando apresenta uma proposta que se adequa ao clima árido da região.

Oscar Froener é dentista do Rio Grande do Sul e também viajou à Alemanha para visitar as clínicas da região e prospectar negócios. Outros segmentos, como construção civil e entretenimento, também foram abrangidos.

O advogado de Brasília, Marcelo Lucas, está pela segunda vez no país. Ele possui escritórios na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes, porém, tem se dedicado recentemente ao Omã, inclusive estabelecendo uma delegação de empresários.

Ele esclareceu que o grupo percebeu o interesse das empresas pelos produtos nacionais e que a equipe está preparada para o próximo evento do ano seguinte.

Oman possui três portos com acesso ao Oceano Índico, no Golfo de Omã e no Mar Arábico. Todos estão se transformando em parceiros de empresas e da agroindústria no Brasil.

Em 2023, o Brasil exportou aproximadamente US$ 330 milhões para Omã em produtos do agronegócio, representando um aumento de 70% em relação a 2022. Esse valor corresponde a mais de 1 bilhão de reais.

A Vale, multinacional líder global em mineração, é uma das maiores investidoras em Omã. A empresa opera um centro de distribuição e uma usina de pelotas em Sohar, a duas horas de distância de Mascate, a capital do país.

Em Amã, a empresa também planeja construir um dos três grandes centros anunciados para o Oriente Médio.

Grandes Centros são complexos industriais para a produção de HBI (ferro-esponja ou hot-briquetted iron), um produto intermediário entre o minério de ferro e o aço que pode ser utilizado na produção de aço de baixo teor de emissão nos fornos elétricos a arco.

Os mega hubs empregam a rota de redução direta com gás natural como combustível e podem incorporar o hidrogênio verde no futuro, promovendo a produção de aço com emissão zero.

A fabricação de HBI via redução direta emite 50% a 70% menos CO2 do que a produção de ferro-gusa por meio do alto-forno. Os outros dois grandes centros no Oriente Médio estarão na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos.

Ademais, além das paisagens das cidades construídas no deserto, existem as oportunidades que o país oferece e que incentivam investidores internacionais a conhecerem este sultanato conservador, religioso, porém receptivo a turistas.

O repórter viajou à Omã a convite do Fórum Econômico Brasil-Omã.

Fonte por: CNN Brasil

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