Empresários exportadores temem o colapso decorrente do cancelamento de contratos

Setor movemente afirma que o impasse da tarifa de 50% está “prejudicando” a produção.

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(Imagem de reprodução da internet).

A Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente) comunicou, por meio de comunicado, que a ausência de consenso para diminuir a alíquota de 50% divulgada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), gerou incertezas no mercado e coloca o setor à beira do colapso.

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Os importadores norte-americanos estão cancelando a maioria dos contratos e muitos embarques foram suspensos. Adicionalmente, o setor conta com cerca de 1.400 contêineres com produtos já embarcados e em trânsito marítimo para os Estados Unidos.

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De acordo com a associação, mais 1.100 contêineres estão localizados em terminais portuários, aguardando o processo de embarque. As empresas estão sendo compelidas a adotar licenças remuneradas forçadas, buscando obter tempo e assegurar empregos, ao passo que outras estão elaborando planos de desligamento.

A ação foi divulgada como parte de uma política de proteção à indústria americana, afirmou Trump. A alíquota de 50% deverá recair sobre uma variedade de produtos básicos exportados pelo Brasil, incluindo madeiras processadas, carnes e sucos.

Os exportadores de suco de laranja negaram possuir dados sobre a suspensão de contratos ou atrasos em embarques nos portos, contudo, as tarifas devem causar um prejuízo de R$ 4,3 bilhões ao setor.

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A CitrusBR comunicou que a alíquota sobre as exportações brasileiras de suco de laranja para os EUA representa um aumento de aproximadamente 456% em comparação com os impostos pagos na safra 2024/25, totalizando US$ 142,4 milhões.

A piscicultura, por meio da PeixeBR (Associação Brasileira da Piscicultura), comunicou que não há mais contêineres disponíveis para exportação nos portos. A associação informou que todas as empresas retornaram os contêineres após a suspensão dos contratos.

A tilápia, com os EUA como principal destino, teve o filé fresco como produto mais enviado, que viajava para o país de avião. De acordo com a PeixeBR, até a semana encerrada em 26 de julho, os embarques mantiveram o ritmo normal. “Apenas na semana iniciada em 27 de julho, houve suspensões dos embarques”, afirmaram.

A situação difere do que tem sido informado pelo setor de peixes, que, por meio da Abipesca (Associação Brasileira das Indústrias de Peixes), relata que todos os embarques de mercadorias para os EUA foram interrompidos. De acordo com a associação, os pedidos que haviam sido feitos anteriormente ao anúncio da tarifa foram cancelados.

A Abiec declarou que não se manifestará sobre os impactos contratuais e os atrasos nos embarques de carne bovina aos Estados Unidos até o dia 1º de agosto – data prevista para a aplicação da tarifa.

A partir de abril de 2025, após um período de embarques recordes – com 42.113 toneladas –, as exportações de carne bovina para os Estados Unidos reduziram em aproximadamente 62% devido às ameaças de tarifas impostas por Trump.

Com antecedência ao início da tarifação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou a interlocutores que não tem intenção de contatar o presidente americano para discutir as taxas de 50% sobre os produtos brasileiros.

Esta publicação online também buscou a Abic (Associação Brasileira do Café) e o Sindifer (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo). Não houve resposta até o momento. O espaço permanece aberto a manifestações.

Fonte por: Poder 360

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