Empresas de capital aberto acumulam mais de US$ 100 bilhões em bitcoin em 2025

Empresas Atingem Recorde em Controle de Bitcoins

A quantidade de bitcoins sob a gestão de empresas alcançou um novo marco. Dados recentes, após a divulgação dos balanços do terceiro trimestre deste ano, revelam que companhias de capital aberto possuem atualmente US$ 118 bilhões em criptomoedas.

É a primeira vez que esse montante ultrapassa os US$ 100 bilhões. Um levantamento da plataforma Bitcoin Treasuries aponta que empresas com ações listadas em bolsas ao redor do mundo detêm 1,02 milhão de unidades da criptomoeda.

Crescimento Significativo no Setor

No total, 172 empresas fazem parte desse grupo, representando um crescimento de quase 40% nos últimos três meses, conforme dados da gestora Bitwise. Em apenas uma semana, o valor dos ativos sob custódia dessas empresas aumentou em US$ 1 bilhão, refletindo tanto novas aquisições quanto a valorização do bitcoin.

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De modo geral, o bitcoin é utilizado como um ativo de reserva pelas empresas. A estratégia adotada é que a criptomoeda funcione como uma reserva de valor digital, capaz de proteger o patrimônio corporativo contra perdas devido à inflação, oferecendo retornos superiores a outras opções de reserva.

Aquisições e Comparações de Trimestres

Comparando o segundo e o terceiro trimestres deste ano, as empresas de capital aberto adquiriram 193 mil unidades da criptomoeda, um aumento de 20,68%. Já as empresas de capital privado e ETFs ampliaram seus ativos em 2,21% e 6,7%, respectivamente.

A Strategy, anteriormente conhecida como MicroStrategy, foi a pioneira entre as empresas de capital aberto a adotar o bitcoin como ativo de reserva, liderando a categoria com mais de 640 mil unidades compradas nos últimos cinco anos, totalizando uma reserva avaliada em mais de US$ 70 bilhões.

Impacto das Aquisições no Mercado

A aquisição de bitcoins tende a beneficiar a criptomoeda por dois motivos principais. Primeiro, aumenta a demanda pelo ativo. Segundo, as empresas geralmente não vendem a criptomoeda no curto e médio prazo, reduzindo a oferta disponível para investidores. Esses fatores combinados tendem a impulsionar o preço do bitcoin.

No Brasil, duas empresas de capital aberto já utilizam o bitcoin como seu principal ativo de reserva: a Méliuz e a OranjeBTC. Além delas, grandes nomes do mercado, como Mercado Livre, Tesla e SpaceX, mantêm reservas corporativas de criptomoeda há anos.