Empresas Familiares: Dificuldades no Crédito Apesar de Bom Desempenho!

Empresas Familiares Enfrentam Dificuldades no Acesso a Crédito Apesar de Bom Desempenho

Um novo estudo da Novara Advisory revelou que empresas familiares continuam a enfrentar desafios significativos ao buscar crédito, mesmo com um notável crescimento em suas vendas e margens de lucro. A pesquisa analisou dados de 1.033 empresas com receitas anuais variando de R$ 300 milhões a R$ 1,2 bilhão, abrangendo o período entre 2020 e 2024.

A dificuldade em obter financiamento é um ponto central da análise.

Custos de Crédito Elevados

O estudo apontou que, em média, as empresas familiares pagam uma taxa de juros de 17,5% ao ano para acessar recursos financeiros. Esse valor é consideravelmente superior ao custo do crédito das empresas não familiares, que se mantém em torno de 13,5% ao ano.

Leia também:

Sebrae lança evento inédito com IA: empresários podem participar!

Aeroportos: Novo Cenário de Varejo Atrai Franquias e Investidores no Brasil

PNI: Prazo Prolongado para Inscrições do Prêmio Nacional de Inovação!

Essa disparidade no custo do capital impacta diretamente a capacidade de investimento e expansão dessas empresas.

Desempenho Financeiro e Rentabilidade

Apesar dos altos custos de crédito, as empresas familiares demonstraram um desempenho financeiro robusto. O estudo revelou um crescimento anual nas vendas de 17%, superando os 14% observados em empresas não familiares. A rentabilidade também se destacou, atingindo 17,6%, em comparação com os 11,9% das empresas não familiares.

Segundo Ivan de Souza, fundador da Novara, a menor utilização de capital permitiu que essas empresas obtivessem um retorno melhor sem comprometer seu crescimento.

Setor e Expansão

A análise também identificou que as empresas familiares concentram-se em setores com menor intensidade de capital, como comércio e serviços. A Novara Advisory acredita que a abertura de capital poderia ampliar o acesso a novas fontes de financiamento para essas empresas, mas os receios sobre a perda de controle e a complexidade da governança ainda limitam essa opção.

Para avançar, a empresa destaca quatro frentes: melhoria da eficiência operacional, fortalecimento da base de capital, redução do custo da dívida e expansão internacional. Atualmente, apenas 39% das empresas familiares operam fora do Brasil, representando um grande potencial de crescimento em mercados internacionais.