Empresas japonesas contratam filipinos para operar robôs em lojas de Tóquio
Desde 2022, mais de 300 lojas das redes FamilyMart e Lawson em Tóquio adotaram máquinas monitoradas 24 horas por dia por trabalhadores filipinos.

Automação e Terceirização no Japão
Com a escassez de mão de obra e uma população envelhecida, que perdeu mais de 900 mil habitantes em 2024 — a maior queda desde 1968 —, empresas japonesas estão adotando a automação e terceirizando operações para países com mão de obra mais acessível, como as Filipinas.
De acordo com o site Rest of World, em Manila, cerca de 60 jovens monitoram remotamente robôs que reabastecem prateleiras de lojas de conveniência no Japão. Essa operação é realizada pela startup filipina Astro Robotics, em colaboração com a japonesa Telexistence, que desenvolve robôs com inteligência artificial, utilizando plataformas da Nvidia e Microsoft.
Expansão da Tecnologia nas Lojas
Desde 2022, mais de 300 lojas das redes FamilyMart e Lawson em Tóquio implementaram essas máquinas, com planos de expansão para a 7-Eleven. Essa tecnologia surge como uma solução para a escassez de mão de obra em um país que resiste a ampliar sua política migratória.
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Os robôs são monitorados 24 horas por dia por trabalhadores filipinos, que conseguem supervisionar até 50 robôs ao mesmo tempo. Embora operem de maneira quase autônoma, em cerca de 4% das situações, é necessária a intervenção humana por meio de realidade virtual, permitindo que um operador corrija falhas.
Desafios e Oportunidades para os Trabalhadores Filipinos
A situação dos trabalhadores filipinos representa tanto uma oportunidade quanto um desafio: eles recebem entre US$ 250 e US$ 315 mensais, valor similar ao de atendentes de call center, mas são terceirizados e não têm acesso a benefícios como plano de saúde e previdência, comuns em países desenvolvidos.
Essa realidade é frequente em nações como as Filipinas, que atuam como centros internacionais de terceirização.
Impactos da Nova Divisão do Trabalho
Especialistas alertam para os efeitos dessa nova dinâmica: apesar de exigir maior qualificação técnica — como controle remoto e teleoperação de robôs —, pode gerar incertezas sobre o valor do trabalho humano, já que a função se limita, na maioria das vezes, à supervisão das máquinas.
A automação avança globalmente, com o mercado de agentes de IA projetado para atingir US$ 43 bilhões até 2030, e o de robôs industriais quase dobrar. No entanto, a tecnologia ainda depende de humanos para funcionar, mesmo em sistemas considerados autônomos, como os utilizados pela Amazon em 2024, onde operadores indianos atuavam nos bastidores.
Dessa forma, a parceria entre Astro Robotics e Telexistence sinaliza uma nova relação trabalhista na economia global: o trabalho remoto físico, realizado em países com custos mais baixos, para atender às demandas de economias avançadas.
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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