Carlos Rocha, engenheiro, foi processado no STF por suposta participação na tentativa de golpe em 2022 e criou uma newsletter intitulada “Integridade Eleitoral em Debate”.
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A publicação foi lançada em maio de 2025 pela organização fundada por Rocha, que enfrenta um processo judicial em curso.
A newsletter discorre sobre os aspectos técnicos do sistema de votação eletrônico brasileiro e defende alterações no modelo vigente. Rocha é acusado de ter integrado um núcleo de desinformação após ser contratado pelo PL (Partido Liberal) para analisar o sistema eleitoral do país.
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O engenheiro, egresso do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), integrou a equipe que desenvolveu a urna eletrônica para o Tribunal Superior Eleitoral na década de 1990. Em seguida, produziu um documento técnico que apontava a necessidade de mecanismos de auditoria do voto, documento que o PL utilizou para questionar os resultados das urnas na eleição presidencial de 2022.
Rocha argumenta: “Não pretendemos disseminar desinformação, nosso objetivo é justamente o oposto: fornecer informações técnicas qualificadas para ampliar a compreensão pública e institucional sobre os riscos e limitações do modelo vigente e as oportunidades reais de seu aprimoramento”.
O engenheiro argumenta que a confiança pública nas eleições vai além da legalidade do voto, necessitando de transparência, segurança verificável e governança institucional sólida.
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Rocha argumenta que, em sua publicação, estudos de integridade eleitoral têm apontado fragilidades nos sistemas DRE [urna eletrônica], que não imprimem um comprovante do voto, especialmente em países onde o voto não pode ser verificado de forma independente pelo eleitor.
O engenheiro afirma que conduziu apenas uma análise técnica e, não pode ser responsabilizado pelo emprego político realizado em seu estudo, negando qualquer intenção fraudulenta.
O processo contra Rocha segue em andamento no STF. Não há informações sobre a frequência da newsletter ou os próximos passos do julgamento.
Fonte: Poder 360