Entenda declaração do chefe da OTAN que compara Trump a “papai”

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, estabelece paralelos ao comentar a atitude do presidente dos EUA em relação aos ataques mútuos entre Israel e Irã.

28/06/2025 4h31

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(Imagem de reprodução da internet).

O secretário-geral da OTAN, a aliança militar ocidental, Mark Rutte, utilizou uma analogia incomum nesta semana ao comentar a posição de Donald Trump em relação à recente troca de ataques entre Israel e Irã.

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Rutte comparou o ex-presidente dos Estados Unidos a alguém que intervia em uma briga de escola.

A declaração foi feita em resposta a um comentário de Trump sobre o conflito.

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O presidente americano declarou: “Eles [Israel e Irã] estão tendo uma discussão acalorada, como duas crianças em um pátio da escola. Sabe, eles discutem bastante, e é fácil interrompê-los após alguns minutos.”

Rutte, então, acrescentou: “E então o pai às vezes tem que usar linguagem forte para fazê-los parar”.

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Após algumas horas, o líder da aliança justificou o uso da palavra “papai” ao afirmar que, ocasionalmente, ouvia chefes de Estado de países da Europa questionarem se os Estados Unidos permaneceriam na OTAN.

Ele não me chamou de pai, o que eu disse é que, por vezes, na Europa, ouço países dizendo: “Ei, Mark, os EUA vão ficar conosco?”. E eu disse que isso soa um pouco como uma criança pequena perguntando ao pai: “Você ainda vai ficar com a família?”.

Então, nesse sentido, eu uso papai, não que eu estivesse chamando o presidente Trump de pai, adicionou.

A declaração do líder da aliança militar ocidental ocorreu em uma cúpula da OTAN, com a participação de Trump.

O evento contou com debates relevantes, incluindo a determinação de aumentar o percentual de investimento em defesa para os países membros a 5% do Produto Interno Bruto até 2035.

Américo Martins, analista sênior da CNN em Londres, apontou que 31 dos 32 países membros da OTAN concordaram com o incremento nos gastos com defesa, mas ressaltou que a execução pode apresentar obstáculos consideráveis.

Martins afirmou que, tradicionalmente, os países europeus contaram fortemente com os Estados Unidos em relação à segurança, concentrando investimentos em políticas de assistência social.

Contudo, acontecimentos recentes, tais como as ações da Rússia, têm levado a uma revisão dessa estratégia.

O analista também examinou as motivações de Trump por trás da pressão por maiores investimentos em defesa, indicando que o presidente dos Estados Unidos considera isso uma chance de aumentar as vendas de armas americanas.

Atualmente, conforme apontou Américo, nenhum país da OTAN aloca 5% do PIB em defesa, sendo a Polônia a principal com cerca de 4%.

Ele ressaltou os desafios financeiros que os países europeus enfrentem para alcançar essa meta, o que pode resultar em cortes em programas sociais, como já se observa no Reino Unido.

Fonte por: CNN Brasil

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