Entenda os fatores que levaram ao término do cessar-fogo entre o CV e o PCC

29/04/2025 às 14h21

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(Imagem da internet).

Terminou, na segunda-feira (28/4), a suspensão do conflito entre as maiores organizações criminosas do Brasil. Em fevereiro deste ano, o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) estabeleceram um acordo, com o objetivo principal de pressionar o governo a relaxar as normas do Sistema Penitenciário Federal (SPF), onde seus líderes estão presos sob restrições severas.

O promotor de Justiça Lincoln Gakiya confirmou o encerramento da parceria histórica, apontando que os interesses territoriais e a disputa pelo tráfico são as principais causas do rompimento.

Ele afirmou que nenhum dos lados deseja ceder aos espaços que controla. O promotor também destacou que as facções possuem perfis organizacionais distintos, o que dificulta a implementação da trégua. O promotor ressaltou que era esperado que a trégua tivesse curta duração. “A informação que possuo, há algum tempo, é de que o Marcinho VP não teria dado aval para essa trégua, o que seria imprescindível”, completou.

O encerramento do acordo.

A partir desta segunda-feira (28/4), circulam nas redes sociais mensagens chamadas de “salves”, que se referem a comunicados oficiais emitidos pelas facções, declarando o término do cessar-fogo entre as organizações criminosas.

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Em uma nota, intitulada de “comunicado geral” e datada de segunda-feira (28/4), o PCC declarou que “chegou ao fim nossa aliança e qualquer compromisso com o Comando Vermelho”.

O Comando Vermelho comunicou, por meio de suas redes sociais, que a partir de segunda-feira (28/4) cessaria qualquer aliança ou compromisso com o PCC.

O grupo reitera as normas do regimento interno e afirma que qualquer membro do CV que cometa atos que prejudiquem a reputação da facção, conforme o estatuto da organização, será punido de forma exemplar, independentemente de existir ou não aliança.

Diferentemente das demais, que comunicam o encerramento da trégua com pacificidade, uma das mensagens afirma que não haverá mais nenhuma trégua com o PCC no estado de Santa Catarina e declara guerra ao grupo rival.

Não permitiremos mais qualquer tipo de acordo ou trégua com o PCC. A guerra permanece aberta. o PCC é nosso inimigo até o fim. Irmãos, sem espaço para dúvidas ou discussões, não aceitaremos nenhum membro do PCC em nosso território e eliminaremos todos que encontrarmos dentro do estado. A guerra é sem fim até a última gota de sangue. Não desejamos nenhuma sugestão sobre esta organização.

Sempre será inimigo.

após a divulgação da notícia da trégua, Mário dos Santos Nepomuceno, também conhecido como Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho (CV), expressou sua indignação. A causa seria uma falha de comunicação que levou à declaração da trégua entre o CV e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Na época, fontes de inteligência vinculadas às forças de segurança revelaram, de forma exclusiva à coluna, que Marcinho VP, ao identificar o equívoco, declarou categoricamente que o PCC “sempre seria inimigo” e que não estaria disposto a negociar rotas ou dividir pontos de tráfego.

Silêncio.

A coluna divulgou em primeira mão informações sobre a trégua entre as duas maiores facções criminosas do país. O acordo previa, entre outros aspectos, o relaxamento das regras do sistema penitenciário federal e a otimização do tráfico de drogas por meio do compartilhamento de rotas estratégicas.

Fonte: Metrópoles

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