Departamento de Justiça Busca Revelar Arquivos de Investigação Sobre Jeffrey Epstein
O Departamento de Justiça tem até esta sexta-feira (19) para divulgar seus arquivos sobre Jeffrey Epstein, um criminoso sexual condenado e empresário conhecido por suas conexões com algumas das pessoas mais influentes do mundo, incluindo Donald Trump, que, enquanto presidente, tentou manter os documentos em sigilo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Os registros podem oferecer a visão mais detalhada até agora de quase duas décadas de investigações governamentais sobre os abusos sexuais cometidos por Epstein contra jovens mulheres e meninas menores de idade.
A divulgação dos arquivos é exigida há muito tempo por um público ansioso por saber se associados ricos e poderosos de Epstein tinham conhecimento dos abusos ou participaram deles. As vítimas também buscam respostas sobre por que as autoridades federais encerraram, em 2008, a investigação inicial sobre as acusações.
LEIA TAMBÉM!
A pressão política de colegas republicanos, incluindo o então presidente Donald Trump, levou à aprovação de um projeto de lei que concede ao Departamento de Justiça 30 dias para divulgar a maior parte de seus arquivos e comunicações relacionadas a Epstein, incluindo informações sobre a investigação da morte do empresário em uma prisão federal.
Investigações e Acusações
A polícia de Palm Beach, na Flórida, iniciou a investigação contra Epstein em 2005, após a família de uma menina de 14 anos relatar que ela havia sido abusada em sua mansão. O Departamento Federal de Investigação dos EUA (FBI) se juntou ao caso e as autoridades coletaram depoimentos de várias adolescentes que afirmaram ter sido contratadas para realizar massagens sexuais em Epstein.
Apesar disso, os promotores acabaram oferecendo a Epstein um acordo que lhe permitiu evitar um processo federal. Ele se declarou culpado de acusações estaduais de prostituição envolvendo uma pessoa menor de 18 anos e foi condenado a 18 meses de prisão.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
As vítimas passaram anos em processos civis tentando anular esse acordo.
Conexões e Implicações
Virginia Giuffre, uma das vítimas, acusou Epstein de ter intermediado encontros sexuais para ela, a partir dos 17 anos, com diversos homens, incluindo bilionários, acadêmicos renomados, políticos americanos e Andrew Mountbatten-Windsor, então conhecido como príncipe Andrew.
Todos negaram as acusações. Os promotores nunca apresentaram denúncias relacionadas às alegações de Virginia, mas seus relatos alimentaram teorias da conspiração sobre supostos esquemas do governo para proteger pessoas poderosas. Virginia morreu por suicídio em abril, aos 41 anos, em sua fazenda na Austrália.
Arquivos Públicos e Novas Acusações
Após quase duas décadas de ações judiciais e investigações jornalísticas, um grande volume de documentos relacionados a Epstein já se tornou público, incluindo registros de voos, agendas de endereços, e-mails, boletins de ocorrência, documentos do júri, depoimentos judiciais e transcrições de relatos de vítimas, funcionários e outras testemunhas.
Apesar disso, o apetite do público por novos registros permanece elevado, especialmente por materiais que envolvam associações de Epstein com figuras famosas, como Trump, Andrew e Clinton.
Atualizações Recentes
Recentemente, as autoridades acusaram sua ex-namorada e confidente de longa data, Ghislaine Maxwell, de recrutar meninas menores de idade para que Epstein as abusasse. Ghislaine foi condenada no fim de 2021 e cumpre pena de 20 anos de prisão. Seus advogados argumentam que ela nunca deveria ter sido julgada ou condenada.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!
