A equipe de negociação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se prepara para a implementação da tarifação prometida por Donald Trump (Partido Republicano), prevista para 1º de agosto de 2025. Apesar do acordo estabelecido entre o Brasil e a União Europeia, a equipe considera que há poucas perspectivas de revogação do cenário.
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Uma parcela dos membros da comissão formada por Lula para tratar da taxação acredita que, em relação aos europeus, o cenário possuía menor peso político do que no Brasil, conforme apuração do Poder360.
A avaliação é que a taxa reduzida aplicada aos países da União Europeia — fixada em 15% — pode, na prática, tornar o comércio brasileiro ainda menos competitivo em relação aos Estados Unidos. O Brasil, aparentemente, continuará submetido à taxa de 50%.
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O apoio manifesto de Trump ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos motivos apontados para essa distinção. O presidente dos EUA já solicitou a interrupção imediata do julgamento de Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal), o que reforça o aspecto político da acusação contra o Brasil.
A tendência, segundo integrantes do governo, é que este argumento ganhe força se a tarifa for mesmo iniciada na data prevista, 1º de agosto de 2025.
O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, declarou no domingo (27.jul.2025) que não haverá prorrogação. De acordo com ele, “a alfândega começará a arrecadar o dinheiro e pronto”.
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A declaração foi considerada um mau sinal pelo governo Lula, que percebe a margem de negociação ainda mais estreita.
Apesar das alegações políticas, os Estados Unidos também apresentaram justificativas econômicas para a medida. Desde março, o país acusou o Brasil de adotar práticas protecionistas, como barreiras burocráticas e altas taxas sobre produtos importados norte-americanos, com base em dados oficiais de comércio bilateral.
Fonte por: Poder 360