Era o TH da Maré, líder do tráfico, assassinado pela Bope

Thiago da Silva Folly, também conhecido como TH da Maré, líder principal do TCP (Terceiro Comando Puro) no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro, faleceu na terça-feira (13.mai.2025) durante operação do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais).

Ele estava foragido da Justiça desde 2016 e era visto pelas autoridades de segurança como um dos criminosos mais perigosos do estado. A polícia informou que uma pistola foi apreendida após o confronto no Morro do Timbau, uma das áreas mais antigas da Maré.

Dois seguranças do traficante também faleceram na operação. Foram identificados como Daniel Falcão dos Santos, conhecido como Gotinha, e um homem conhecido pelos apelidos de Carlin ou Carlinhos. Gotinha possuía mandado de prisão por tráfico, associação criminosa e porte ilegal de arma.

Vídeos captados por drones no monitoramento da Marechal exibiram um robusto esquema de segurança. Em um dos registros, observou-se a presença de mais de 10 indivíduos armados em seu entorno.

Loteamentos e bailes.

Ademais, TH da Maré, com 36 anos, exercia o controle do tráfego e era responsável pelo loteamento de áreas nas comunidades dominadas pela facção criminosa, além de administrar os bailes realizados nos finais de semana. O TCP controlava 11 das 16 comunidades que compunham o Complexo da Maré.

A TH da Maré respondia por vários homicídios, incluindo o assassinato do cabo Michel Augusto Mikami, aos 21 anos, em novembro de 2014. O militar do Exército, que servia em Campinas, interior de São Paulo, estava envolvido na Força de Pacificação da Maré. Mikami foi morto com um tiro na cabeça.

Outro indivíduo afetado pelas ações determinadas pelo líder do TCP foi o soldado Hélio Messias Andrade, do Batalhão de Operações Policiais Especiais. Em agosto de 2016, o agente foi atingido na cabeça durante um ataque na Vila do João, uma das favelas do complexo, ao entrar por engano na comunidade ao tentar acessar a Linha Amarela.

TH da Maré também foi acusado de tentativa de homicídio contra policiais civis em 2017, quando um grupo disparou contra agentes que desceram de uma viatura na Vila dos Pinheiros, outra área do complexo. Ele também foi responsabilizado pela morte de dois agentes do Bope em julho de 2024.

Investigações apontam que Michel de Souza Malveira, popularmente conhecido como Bill, Mangolê ou César, deve ser responsável pelos negócios da facção no complexo.

Fonte: Poder 360