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Escritora diz que antissemitismo é o mais alto desde a Segunda Guerra


Escritora diz que antissemitismo é o mais alto desde a Segunda Guerra
(Foto Reprodução da Internet)

Segundo Pilar Rahola, escritora e jornalista espanhola, o ódio contra judeus, conhecido como antissemitismo, está aumentando nos últimos anos. Ela destaca que esse ódio atingiu o seu ponto mais alto desde a Segunda Guerra Mundial, especialmente após o ataque do Hamas contra Israel. Essas declarações foram dadas em entrevista exclusiva.

Pilar Rahola veio ao Brasil a convite de várias organizações para dar palestras sobre o conflito entre Israel e Hamas e o antissemitismo mundial.

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Ela diz que o discurso de ódio contra Israel e o antissemitismo estão aumentando, especialmente em países ocidentais. Isso acontece através de mensagens nas redes sociais, declarações e até mesmo boicotes a comerciantes judeus, explica Rahola.

No final de outubro, uma multidão invadiu um aeroporto na Rússia após a chegada de um voo de Tel Aviv, uma das principais cidades israelenses. Ao menos 10 pessoas ficaram feridas na ocasião, que levantou preocupação e apelo de Israel para que seus cidadãos estejam protegidos mundo afora.

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Rahola, que mora em Barcelona, relatou que a comunidade judaica na cidade passou a esconder as estrelas de Davi e outros símbolos. Além disso, a polícia começou a proteger uma sinagoga e uma escola judia.

Na Espanha, comerciantes judeus também começaram a sofrer boicotes, de acordo com a jornalista.

A escritora e ativista relatou receber muitas mensagens de ódio pelas redes sociais, mesmo não sendo judia. Em outra ocasião, ela estava com um amigo que foi insultado enquanto caminhavam juntos.

Durante a entrevista, ela destacou que o antissemitismo é um grande problema, já que envolve um preconceito perigoso e, infelizmente, aumenta a hostilidade na sociedade.

Segundo a jornalista, que analisa com detalhes o conflito no Oriente Médio, é importante compreender que combater o antissemitismo significa combater todas as formas de preconceito, pois todas elas estão ligadas ao ódio.

“A ideia principal é perceber que devemos defender toda a Carta de Direitos Humanos e combater os preconceitos contra mulheres, negros, judeus, entre outros. Essa luta é uma só”, afirma.

Rahola ressalta que o antissemitismo não pode ser aceito em uma sociedade democrática e tolerante, incentivando que o tema seja estudado e debatido nas escolas.

Ainda de acordo com a jornalista, as autoridades precisam se preocupar com essas questões e criar dispositivos legais que punam o antissemitismo. Já os cidadãos têm que ser responsáveis de lutar contra os preconceitos e ser mais tolerante.

Por fim, ela defendeu a criação de um Estado palestino seguro ao lado de Israel, liderado pela Autoridade Palestina.


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