Especialista indica como reduzir gastos com o uso em residências, com foco em energia
A partir de 1º de junho, os consumidores brasileiros precisam estar atentos ao consumo de energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) informou que a bandeira tarifária para o mês é vermelha, patamar 1, indicando um aumento no valor cobrado na conta de luz.

A partir de 1º de junho, os consumidores brasileiros precisam estar atentos ao consumo de energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) informou que a bandeira tarifária para o mês é vermelha, patamar 1, indicando um aumento no valor cobrado na conta de luz.
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O engenheiro de eficiência energética da Neoenergia Cosern, Gabriel Lopes, em entrevista ao programa Tribuna Livre, da Jovem Pan News Natal, esclareceu que a implementação dessa medida acompanha condições menos favoráveis na geração de energia, incluindo a diminuição nos níveis dos reservatórios, e que se aplica a todo o país.
Com o aumento da conta de luz, ressalta-se a importância de hábitos que evitem desperdícios no cotidiano. O especialista aponta três aparelhos como os principais consumidores domésticos: geladeira, chuveiro elétrico e ar-condicionado. “Todos compartilham o trabalho de regular a temperatura, o que demanda mais energia, principalmente quando utilizados de forma contínua ou inadequada”, declarou.
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Também chama atenção para os cuidados que devem ser tomados já no momento da compra dos equipamentos. “O processo de economia começa antes mesmo do uso. É fundamental comprar certo e comprar bem”, destacou. A recomendação é observar as etiquetas de eficiência energética do Inmetro, fixadas nos eletrodomésticos, e dar preferência aos modelos classificados com selo A, que indicam menor consumo.
Outro aspecto relevante é o Selo Procel de Economia de Energia, reconhecido por uma lâmpada preta ou amarela. Ele indica o nível de eficiência do equipamento em sua categoria, auxiliando o consumidor a realizar escolhas mais informadas. “Com a energia mais cara, é necessário estar atento desde a compra até o uso dos aparelhos”, declarou. “Pequenas mudanças fazem diferença no final do mês”, concluiu.
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Ao selecionar entre ventilador e ar-condicionado, o ventilador permanece a alternativa mais econômica. Ele destacou as distinções de operação e o consumo energético entre os dois equipamentos.
O ventilador consome muito menos energia devido à sua função de movimentar o ar, promovendo a circulação no ambiente. Por isso, o ideal é utilizá-lo com portas e janelas abertas. Já o ar-condicionado opera de forma distinta: ele resfria e mantém a temperatura do ar em um ambiente fechado. Nesse caso, é essencial manter portas e janelas fechadas, para evitar que o ar frio escape e o aparelho precise trabalhar mais para manter o ambiente gelado.
Gabriel sugere que, no uso de ar-condicionado, os consumidores estabeleçam a temperatura em 23°C, um valor que assegura o conforto térmico sem sobrecarregar o equipamento. Além disso, ressalta a importância da manutenção: “O filtro deve ser limpo a cada 15 dias. Filtros sujos prejudicam o funcionamento do aparelho e elevam o consumo de energia”, informou.
A decisão entre um modelo e outro dependerá da necessidade e da estrutura do ambiente, mas o especialista ressaltou que “a grande diferença está na forma de uso e na lógica de funcionamento. O ventilador apenas move o ar, enquanto o ar-condicionado precisa resfriá-lo e mantê-lo constante, e isso consome mais energia”.
A geladeira também se destaca como um dos principais consumidores de energia, afirmou o engenheiro. O especialista recomendou que o uso consciente do eletrodoméstico começa por evitar abrir a porta com frequência desnecessária. “A geladeira opera removendo o calor do interior e liberando-o no ambiente externo. Quando a porta é aberta repetidamente, o ar quente entra e demanda maior esforço do aparelho para manter a temperatura interna, o que eleva o consumo de energia”, explicou.
Também alertou para outros cuidados importantes, como nunca armazenar alimentos ainda quentes e verificar periodicamente a vedação da porta, que impede a entrada de ar quente no interior do aparelho.
O ferro elétrico também requer atenção em relação à economia de energia. Segundo o profissional da Neoenergia Cosern, quanto maior a potência do aparelho, medida em Watts, maior será o consumo. Por isso, é fundamental que o consumidor esteja atento no momento da escolha do equipamento. “É importante que o ferro tenha regulagem de temperatura adequada para cada tipo de tecido, e que as roupas sejam passadas de uma vez só, evitando o liga e desliga constante, que aumenta o gasto energético”, sugeriu. Adotar uma rotina organizada para essa atividade pode fazer diferença no valor da conta de luz ao final do mês.
Fonte por: Tribuna do Norte