Especialista: Retomada da Crimeia pode levar Rússia a usar armas nucleares

Vicente Ferraro declara que o progresso ucraniano em territórios controlados pela Rússia poderia intensificar as disputas do conflito.

02/06/2025 15h29

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(Imagem de reprodução da internet).

A retomada de territórios ocupados pela Rússia pela Ucrânia, notadamente a Crimeia, pode resultar em um aumento considerável no conflito, inclusive com o emprego de armas nucleares por parte de Moscou. Esta é a avaliação do especialista em Rússia e Ucrânia, Vicente Ferraro, em entrevista à CNN.

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Ferraro ressalta que, apesar de não acreditar em uma terceira guerra mundial, o risco de escalada é real se a Ucrânia conseguir recuperar áreas como o Donbass ou a Crimeia.

O especialista declarou não duvidar que, caso a Ucrânia tivesse obtido algum sucesso em avançar sobre a Crimeia, a Rússia utilizaria essas armas nucleares.

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Apesar das preocupações com uma possível escalada, Ferraro destaca que, atualmente, não há evidências de que a Ucrânia tenha perspectivas reais de retomar a Crimeia ou obter avanços substanciais sobre o Donbass.

O especialista constata que a Rússia prossegue com avanços graduais no Donbass, apesar da aparente paralisia do cenário geral da guerra.

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Ferraro também aponta que a Rússia tem ocupado alguns povoados na região de Sumi, no norte da Ucrânia, área que antes não estava sob ocupação russa.

Essa manobra teria sido uma reação à incursão ucraniana em Kursk, no sul da Rússia.

O especialista aponta que uma das razões pelas quais Vladimir Putin não demonstra interesse em um cessar-fogo é justamente a vantagem que a Rússia mantém no fronte, mesmo que os avanços sejam lentos.

Um alto-astado cessar-fogo implicaria o fim dessas evoluções incrementais.

Ferraro acrescenta que, embora tenha incorporado as áreas de Donetsk e Luhansk no Donbass, a Rússia não exerce controle total sobre a região de Donetsk.

A Ucrânia ainda detém o controle de áreas significativas, o que pode complicar o domínio russo completo sobre os territórios incorporados.

Fonte por: CNN Brasil

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