Especialista: surto de gripe aviária afeta grande propriedade no Brasil pela primeira vez

Analista avalia o impacto econômico do primeiro caso de gripe aviária em uma grande propriedade rural do país e as ações implementadas para controlar a enfermidade.

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(Imagem de reprodução da internet).

O Brasil poderá perder entre 15% e 20% de suas exportações de carne de frango em razão do recente caso de influenza aviária identificado em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. Fernando Iglesias, coordenador de mercados da consultoria Safras & Mercado, apresentou essa estimativa inicial durante uma entrevista à CNN Prime Time nesta sexta-feira (16).

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Iglesias afirma que a China, que responde por cerca de 10% das vendas brasileiras de frango, e a Europa, responsável por aproximadamente 5%, já confirmaram a interrupção das importações. Acrescentado a isso, os fechamentos regionais no Rio Grande do Sul podem elevar o percentual de perda nas exportações a 20%.

Medidas de contenção e recuperação do mercado

Apesar das preocupações, o especialista destaca que o setor está agindo com seriedade e rapidez para solucionar a situação e restabelecer o fluxo normal de comércio. Iglesias enfatiza que o Brasil é referência global em biossegurança e que este é o primeiro foco em granjas comerciais do país desde que a doença começou a circular no mundo em 2006.

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O Brasil deverá retomar em breve essa corrente de comércio normal e seguir como o grande exportador de carne de frango do mundo, afirma Iglesias, destacando que todos os protocolos sanitários estão sendo cumpridos, incluindo o abate das aves da granja afetada.

Impacto no mercado interno

Iglesias explica que, em relação ao mercado interno, a indústria deve iniciar com o incremento do armazenamento de produtos congelados em câmaras frias e contêineres, assegurando sua conservação até a retomada do comércio regular.

Quanto mais rapidamente o problema for solucionado, menor será o impacto na cadeia produtiva.

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O especialista também tranquiliza a população brasileira em relação ao consumo de produtos avícolas, afirmando que é extremamente seguro e deve acontecer normalmente. “A proteína de altíssima qualidade e baixo custo precisa estar na dieta da população”, conclui Iglesias.

Diante do Rio Grande do Sul ocupar a terceira posição como maior produtor e exportador de frango do país, e o Paraná e Santa Catarina, em primeiro e segundo lugares, respectivamente, os estados já estão implementando medidas mais rigorosas para prevenir ocorrências em seus respectivos territórios, evidenciando a gravidade com que o setor está lidando com a situação.

Fonte: CNN Brasil

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