Esposa de policial falecido publicou mensagem sobre os perigos da carreira
“Será que este é o último dia que vejo meu marido?”, escreveu a advogada Marcelle Persant em 17 de abril.

Um mês antes de sua morte em operação, o agente de elite da Polícia Civil do Rio de Janeiro, José Antônio Lourenço, de 39 anos, foi homenageado por sua esposa em uma publicação pública emocionante nas redes sociais. A advogada Marcelle Persant ressaltou a dedicação do companheiro em servir à sociedade, mas também revelou a angústia diante dos perigos da profissão.
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Ela sentiu um turbilhão de emoções: será que este é o último dia que vejo meu marido? A função da polícia é tão importante? Por que existe tanto ódio? Acredita, meu amor! Estou em oração por vocês.
Uma publicação compartilhada por Marcelle Persant.
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Na mesma publicação, realizada em 17 de abril, ela tratou do dilema vivenciado por policiais no Rio.
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Um lado, o crime organizado. Assaltantes em todos os lugares, nas ruas e nas redes, preparados para eliminar o primeiro policial que se aproximasse. Do outro, uma sociedade hipócrita e preconceituosa em relação ao trabalho da polícia.
A publicação, que mostrava imagens do casal em instantes de felicidade e conflito, também destacava a perseverança de Lourenço:
Aproveito o #tbt para expressar o quanto me orgulho de você, da sua profissão, da sua garra e do seu propósito. Dizem que um casal sem admiração não dura muito tempo. Tenho aqui uma coisa que me falta: admiração por você.
Entre os comentários, Lourenço respondeu citando uma legislação:
Há um comandante militar que afirma: “Força e honra norteiam a minha mente; força e honra que forjam um combatente… Minha força vem de Deus; e minha honra é ser da CORE.”
O policial da Core, conhecido como Mocotó, foi baleado na cabeça por criminosos durante uma operação da Polícia Civil na Cidade de Deus, na segunda-feira (19). Ele foi socorrido para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu.
O funeral ocorrerá na terça-feira (20), no Cemitério Jardim da Saudade, na zona oeste do Rio.
O governador Cláudio Castro (PL) ordenou que a polícia permaneça nas comunidades até que os autores dos crimes sejam detidos.
“Fomos cumprir ordens judiciais para interromper o funcionamento de uma fábrica de gelo que utilizava água contaminada e fomos recebidos com disparos”, escreveu.
Fonte: CNN Brasil