Estados Unidos deportam mães e filhos para Honduras, incluindo criança com câncer

30/04/2025 às 9h52

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(Imagem da internet).

Duas mulheres foram deportadas para Honduras com seus filhos, que possuem cidadania americana, após realizarem atendimentos de rotina na Alfândega e Fronteira (CBP, na sigla em inglês), em Nova Orleans. Um dos filhos é um menino de 4 anos com uma doença rara.

Uma das mães, junto com seus filhos de sete e quatro anos – ambos cidadãos norte-americanos –, não obteve acesso aos medicamentos necessários para tratar o filho mais novo, que enfrenta uma forma rara e avançada de câncer.

A outra mãe, grávida, foi deportada para Honduras com suas filhas de 11 e 2 anos, enquanto o pai das crianças e um cuidador tentavam entrar em contato com elas antes da deportação, que ocorreu na terça-feira (22/4).

Um dos advogados do caso, que representa as mães deportadas, declarou que elas foram detidas durante verificações de rotina da ICE e deportadas em até três dias, para longe da cidade, conforme informações do jornal The Guardian.

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Isolamento

A advogada Gracie Willis, do Projeto Nacional de Imigração, que representa uma das famílias e atua em coordenação com a equipe jurídica da outra, declarou que as mães foram mantidas em “completo isolamento” antes de serem deportadas.

A gestante encontrava-se nos estágios iniciais da gravidez e experimentou um “estresse inimaginável”, conforme relatado por Willis. Ela foi presa juntamente com seus filhos.

“Não foram tomadas decisões efetivas aqui, principalmente porque esses pais não conseguiam se comunicar com outros responsáveis disponíveis”, relatou Willis.

Advogados apresentaram uma ação de emergência para evitar a deportação de uma criança, que detém cidadania norte-americana. Um juiz distrital federal expressou dúvidas sobre o caso, mencionando que o governo acabara de deportar uma cidadã americana sem um processo adequado.

A mãe optou por levar as crianças.

Tom Homan, secretário de fronteira da Casa Branca, declarou: “As crianças não foram deportadas. A mãe escolheu levar as crianças com ela.”

Foi agendada uma audiência para o dia 18 de maio, com o objetivo de analisar o caso de uma criança de 2 anos, portadora de cidadania americana. A advogada Gracie Willis informou que o pai buscou contato com a parceira e tentou resgatar a filha nos dias que antecederam a deportação.

Fonte: Metrópoles

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