O governo dos Estados Unidos suspendeu o processamento de solicitações de cidadania e residência para migrantes provenientes de 19 países, incluindo Cuba, Haiti e Venezuela. Essa decisão, anunciada em um memorando oficial, representa um endurecimento da política migratória do presidente, que tem intensificado suas posições em relação a nações latino-americanas, especialmente após mobilizar forças militares no Caribe.
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A medida visa, segundo o governo, combater o narcotráfico, mas a Venezuela denuncia que o objetivo é derrubar o governo de Cuba, que enfrenta um embargo comercial dos EUA há mais de seis décadas.
Impacto em Países Vulneráveis
O Haiti, país mais pobre das Américas, enfrenta uma grave crise humanitária devido à violência de gangues. Além dos 19 países mencionados, a suspensão afeta também cidadãos do Afeganistão, Irã, Somália, Sudão, Iêmen, Mianmar, Burundi, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Laos, Líbia, Serra Leoa e Togo.
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A situação no Haiti é particularmente preocupante, com a violência generalizada dificultando a assistência humanitária e a estabilidade.
Contexto e Reações
A decisão do governo Trump foi precedida por um ataque a tiros contra dois soldados da Guarda Nacional perto da Casa Branca. O suspeito, um afegão que chegou aos Estados Unidos durante as operações de retirada do Afeganistão em 2021, negou as acusações.
A medida visa, segundo o governo, impedir que terroristas busquem refúgio nos EUA e garantir a segurança do povo americano.
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Pressão e Propostas
Após o ataque, o presidente Trump propôs “pausar permanentemente a migração de todos os países do terceiro mundo” para permitir que o sistema americano se recupere. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, defendeu uma “proibição total de viagens” para os países envolvidos, descrevendo-os como “assassinos, sanguessugas e viciados”.
A situação tem gerado reações de políticos locais, que se opõem a uma possível operação de controle da imigração em Minnesota, focada em cidadãos somalis.
