Estados Unidos flexibilizam sanções à Síria após acordo de Trump
O secretário de Estado americano declarou que as ações constituem o primeiro passo para a realização de um “novo relacionamento” entre os países.

O governo dos Estados Unidos anunciou diretrizes nesta sexta-feira (23) para flexibilizar as sanções à Síria, após o presidente Donald Trump ter prometido, no início deste mês, anular as restrições com o objetivo de auxiliar o país na reconstrução após uma guerra civil destrutiva.
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O Departamento do Tesouro autorizou transações envolvendo o governo sírio interino liderado pelo presidente Ahmed al-Sharaa, o banco central e empresas estatais.
A licença geral, designada como GL25, “autoriza transações proibidas pelo Regulamento de Sanções à Síria”, suspendendo, de fato, as sanções ao país.
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A concessão do GL25 possibilitará novos investimentos e atividades do setor privado alinhadas com a estratégia Américas Primeiro do Presidente, afirmou o Tesouro.
O secretário de Estado Marco Rubio também concedeu isenção de 180 dias, por força da Lei César, visando assegurar que as sanções não prejudiquem os investimentos e para otimizar o abastecimento de eletricidade, energia, água e saneamento, além de viabilizar ações humanitárias.
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As ações de hoje representam o primeiro passo para concretizar a visão do presidente de um novo relacionamento entre a Síria e os Estados Unidos, disse Rubio, acrescentando que Trump deixou clara sua expectativa de que o levantamento das sanções seria seguido por ações do governo sírio.
Condições para o cancelamento das sanções
A Casa Branca afirmou que solicitou a Síria o cumprimento de várias condições em troca do levantamento das sanções, abrangendo a ordem para que todos os militantes estrangeiros abandonassem o país, a deportação do que classificou como terroristas palestinos e a assistência dos Estados Unidos para impedir o ressurgimento do Estado Islâmico.
Rubio afirmou que o presidente Trump está oferecendo ao governo sírio a oportunidade de promover a paz e a estabilidade, tanto na Síria quanto nas relações da Síria com seus vizinhos.
A maior parte das sanções dos Estados Unidos à Síria foi direcionada ao governo do presidente sírio Bashar al-Assad e a indivíduos importantes em 2011, após o início da guerra civil no país. Sharaa liderou milícias que derrubaram o ex-presidente em dezembro.
A licença geral designa especificamente Sharaa, outrora sancionada sob o nome de Abu Muhammad al-Jawlani, para as transações com os indivíduos e entidades autorizadas.
Também inclui a Syria Arab Airlines, o Banco Central da Síria e vários outros bancos, diversas empresas estatais de petróleo e gás e o hotel Four Seasons Damascus.
Foi tratado o encerramento das sanções com Arábia Saudita.
Trump anunciou na semana passada que revogaria as sanções solicitadas pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, uma mudança significativa na política americana ocorrida antes de sua breve reunião com Sharaa em Riad.
Espera-se que a flexibilização das sanções sirva para aumentar o envolvimento de organizações humanitárias que atuam no país, incentivando o investimento estrangeiro e o comércio à medida que o país se reconstrói.
Estados Unidos implementaram uma série de ações contra a Síria, cortando seu acesso ao sistema bancário internacional e restringindo inúmeras importações estrangeiras, e a perspectiva de novas sanções pode afetar o investimento de empresas privadas.
Os Estados Unidos listaram o país pela primeira vez como Estado patrocinador do terrorismo em 1979 e, posteriormente, adicionaram outros conjuntos de sanções, incluindo diversas rodadas após a revolta contra Assad em 2011.
Síria comemora decisão dos EUA.
O Ministério das Relações Exteriores da Síria comemorou a decisão dos EUA de conceder uma suspensão das sanções ao país, afirmando que é um passo positivo na direção correta para amenizar o sofrimento humanitário e econômico do país.
Fonte: CNN Brasil