Estados Unidos incluem Cuba em lista de países que não cooperam contra o terrorismo
Na data de sua posse, Trump já havia revertido a decisão de Biden de remover Cuba de uma lista de países patrocinadores do terrorismo.

Os Estados Unidos retomaram a inclusão de Cuba e mantiveram a Venezuela na lista de países que não cooperam totalmente com a luta contra o terrorismo, segundo o Departamento de Estado, em comunicado divulgado na terça-feira, 13.
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O presidente Donald Trump intensificou a pressão sobre a Ilha após retornar à Casa Branca para um segundo mandato.
Em 20 de janeiro, na cerimônia de posse, Trump anulou a decisão do ex-presidente democrata Joe Biden, que havia removido Cuba de uma lista de países patrocinadores do terrorismo.
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O secretário de Estado, Marco Rubio, filho de cubanos que emigraram para os Estados Unidos antes da ascensão de Fidel Castro em Cuba, intensifica a pressão.
Em 2024, o regime cubano não cooperou totalmente com os Estados Unidos em questões antiterroristas, conforme declarado pela porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, em um comunicado. Adicionalmente, Venezuela, Coreia do Norte, Irã e Síria permanecem na lista.
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Bruce acrescenta que havia pelo menos 11 fugitivos da Justiça americana em Cuba, incluindo vários que enfrentavam acusações relacionadas ao terrorismo, e o regime cubano não estava disposto a negociar seu retorno para que comparecessem diante da Justiça em nosso país.
A inclusão na lista de “países não plenamente cooperativos” (NFCC, sigla em inglês) implica a proibição da venda ou concessão de licenças para a exportação de artigos e serviços de defesa para Cuba.
Desde mais de seis décadas, Washington aplicou um embargo comercial a Cuba.
O governo Trump o aprofundou significativamente durante seu primeiro mandato (2017-2021), com diversas ações e retomada da inclusão da ilha em sua lista de patrocinadores do terrorismo, o que dificulta transações e investimentos devido ao risco de sanções americanas.
Antes de assumir a presidência em 2021, Biden prometeu mudanças em relação a Cuba, mas adiou essas medidas após a repressão às manifestações contra o governo de julho de 2021 na ilha, que resultaram em um morto e dezenas de feridos. Próximo à sua saída do poder, relaxou as sanções para facilitar a libertação de centenas de presos políticos em Cuba.
O embaixador americano Mike Hammer, indicado durante o governo Biden, inspeciona a ilha para avaliar a situação dos opositores, em visitas que irritam o governo cubano.
Cuba nega a existência de presos políticos e acusa os opositores de serem “mercenários” dos Estados Unidos.
A ilha enfrenta uma séria crise que resultou na emigração de centenas de milhares de pessoas para os Estados Unidos nos últimos três anos, tanto por meios irregulares quanto legais, conforme dados oficiais.
Fonte: Carta Capital