Estados Unidos movem processo contra tarifas impostas por Trump

Argumentam que o presidente dos EUA, Donald Trump, infringiu sua autoridade ao declarar estado de emergência e aplicar tarifas às importações.

21/05/2025 11h29

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(Imagem de reprodução da internet).

Doze estados norte-americanos solicitaram a um tribunal federal que suspendesse as tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2 de abril, alegando que ele infringiu sua autoridade ao declarar estado de emergência para impor taxas sobre as importações.

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Um colegiado de três juízes da Corte de Comércio Internacional, localizada em Manhattan, julgará os argumentos em uma ação proposta pelos procuradores-gerais democratas de Nova York, Illinois, Oregon e nove outros estados.

Afirmam que o presidente republicano tem procurado um “cheque em branco” para regular o comércio “a sua vontade”.

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Os estados argumentam que Trump interpretou incorretamente a Lei de Poderes Econômicos em Emergência Internacional, que foi estabelecida para tratar de ameaças “comuns e extraordinárias” aos Estados Unidos.

Trump declarou que o histórico de importações dos EUA, que supera as exportações, representa uma emergência nacional, afetando os fabricantes americanos. Contudo, os Estados Unidos argumentam que o déficit comercial do país não é uma “emergência” e que a lei não autoriza a imposição de tarifas.

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O mesmo colegiado de três juízes considerou os argumentos na semana passada em um caso anáproposto por cinco empresas de pequeno porte, e deve proferir uma sentença nas próximas semanas.

O procurador-geral do Oregon, Dan Rayfield, afirmou que as tarifas estão elevando os preços para as famílias e pequenas empresas do seu estado, gerando um custo anual de aproximadamente US$ 3.800 para uma família média.

Rayfield afirmou que o presidente Trump implementou suas tarifas sem o Congresso, sem a participação da população ou com restrições, e alega que os tribunais não podem revisar suas decisões.

Isto representa um abuso de poderes de emergência.

O Departamento de Justiça declarou que os processos dos estados deveriam ser rejeitados, pois eles apresentaram apenas “perdas econômicas especulativas” em vez de demonstrar danos concretos decorrentes das tarifas.

Apresentou o argumento de que somente o Congresso, e não os Estados ou os tribunais, pode questionar uma emergência nacional declarada pelo presidente.

Um porta-voz afirmou que o departamento continuará defendendo com vigor a agenda do presidente Trump para combater práticas comerciais consideradas injustas nos tribunais.

Após a aplicação de tarifas sobre China, México e Canadá em fevereiro, Trump implementou uma tarifa abrangente de 10% sobre todas as importações em abril, com alíquotas elevadas para os países com os maiores déficits comerciais com os EUA, notadamente a China.

Diversas dessas tarifas específicas por país foram suspensas uma semana depois, e o governo Trump diminuiu temporariamente as tarifas mais elevadas sobre a China neste mês, durante a elaboração de um acordo comercial de longo prazo.

O processo dos Estados é uma das pelo menos sete contestações judiciais contra as políticas tarifárias de Trump. A Califórnia entrou com uma contestação separada no tribunal federal de San Francisco, e outras ações foram movidas por empresas, grupos de defesa legal e outros.

As decisões do tribunal, que resolve conflitos relacionados ao comércio internacional e às leis aduaneiras, podem ser questionadas ao Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito Federal em Washington, D.C., e, por fim, à Suprema Corte.

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Fonte: CNN Brasil

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