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Estados Unidos realizam novos bombardeios contra os rebeldes huthis no Iêmen


Estados Unidos realizam novos bombardeios contra os rebeldes huthis no Iêmen
(Foto Reprodução da Internet)

Nesta quinta-feira (18), o Exército dos Estados Unidos bombardeou 14 mísseis que estavam prestes a ser lançados no Iêmen. Os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, têm realizado ataques ao tráfego marítimo internacional no Mar Vermelho a partir do Iêmen.

Esses novos bombardeios contra as posições rebeldes ocorrem após os Estados Unidos terem novamente incluído os huthis em sua lista de grupos “terroristas”. O Comando Central Militar no Oriente Médio (Centcom) relatou que realizou “ataques contra 14 mísseis dos huthis apoiados pelo Irã, que estavam carregados para lançamento e representavam uma ameaça iminente aos navios mercantes”.

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Esta foi a quarta série de bombardeios lançada pelos Estados Unidos no Iêmen na última semana. De acordo com fontes dos huthis, como o canal de TV Al-Masirah e a agência de notícias Saba.net, os ataques atingiram diferentes áreas do país, incluindo o porto de Hodeida e a cidade de Taez.

Os veículos de mídia atribuíram os ataques também ao Reino Unido, embora o Exército americano não tenha feito qualquer menção a esse respeito.

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O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, pediu “o fim da agressão contra o Iêmen, já que quanto mais os americanos e britânicos bombardearem, menos os huthis aceitarão dialogar”.

Na quarta-feira, os Estados Unidos anunciaram que voltariam a incluir os huthis em sua lista de grupos terroristas. “O Departamento de Estado anuncia a designação do Ansarallah, conhecido como huthis, como grupo terrorista global especialmente designado”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, em um comunicado.

A sanção anunciada pelos Estados Unidos, que inclui os huthis em sua lista de grupos terroristas, entrará em vigor dentro de 30 dias. O objetivo é aplicar “pressão” sobre o grupo rebelde, ao mesmo tempo que busca evitar impactos na entrega de ajuda humanitária ao Iêmen, conforme declarado no comunicado.

“Se os huthis cessarem seus ataques no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, os Estados Unidos vão reavaliar essa designação”, acrescenta.

Os Estados Unidos haviam retirado os huthis de sua lista de “organizações terroristas” em fevereiro de 2021 para facilitar a resposta a uma grave crise humanitária no Iêmen, um país devastado pela guerra interna onde o grupo rebelde controla grande parte do território.

O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, destacou que a reintegração dos huthis nessa lista é uma ferramenta importante para prevenir o financiamento do terrorismo a eles, restringir ainda mais seu acesso aos mercados financeiros e responsabilizá-los por suas ações.

Os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram a primeira rodada de bombardeios contra posições huthis no Iêmen em resposta a ataques do grupo rebelde a navios no Mar Vermelho. Os huthis, apoiados pelo Irã, afirmam atacar navios israelenses ou vinculados a Israel em “solidariedade” aos palestinos da Faixa de Gaza, no conflito entre Israel e o Hamas.

Eles declararam os interesses americanos e britânicos como “alvos legítimos” e afirmaram que continuarão a atacar navios israelenses, independentemente das ações dos Estados Unidos e do Reino Unido. O porta-voz militar huthi também mencionou o ataque a um navio americano chamado “Genco Picardy” no Golfo de Áden.

O Centcom confirmou que o navio foi atacado na quarta-feira.

Na terça-feira, o Exército americano disse que destruiu quatro mísseis antinavio no Iêmen que representavam uma ameaça iminente para embarcações militares e civis.

Estados Unidos e Reino Unido realizaram ataques contra quase 30 locais no Iêmen na semana passada. Posteriormente, as forças americanas atacaram um local de radar dos huthis, alegando ser uma “ação de monitoramento”.


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