Estrangeiros chegam ao Egito assim que a fronteira de Gaza abre pela primeira vez desde o começo da guerra
01/11/2023 às 14h45
Pelo menos 110 pessoas que possuem passaporte estrangeiro saíram de Gaza hoje, de acordo com as autoridades palestinas responsáveis pela passagem de fronteira de Rafah.
Segundo informações compartilhadas com a CNN, estima-se que cerca de 500 estrangeiros possam atravessar a fronteira de Gaza em Rafah. Ainda não se sabe ao certo se todos aqueles que possuem passaportes estrangeiros conseguiram entrar no Egito.
Dezessete ambulâncias saíram de Gaza para o outro lado da fronteira hoje, de acordo com o Rafah Crossing Media, órgão oficial de comunicação da fronteira. Não temos informação sobre quantos pacientes foram transportados pelas ambulâncias.
20 caminhões chegaram a Gaza transportando ajuda, sem mencionar o tipo de ajuda transportada na decisão.
Segundo a televisão egípcia Al-Qahera, o Hospital Al-Arish está tratando pessoas feridas da Faixa de Gaza.
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Por mais de três semanas, a passagem de Rafah ficou quase completamente fechada, com alguns suprimentos de ajuda chegando, mas nenhuma autorização para saída de civis.
Dois reféns israelenses foram autorizados na semana passada a sair para o Egito, mas mais de 2 milhões de palestinos permaneceram presos dentro do enclave em meio a uma crise humanitária crescente.
Saída de estrangeiros de Gaza não envolve libertação de reféns, dizem fontes à CNN
Diversas fontes confirmaram à CNN que o acordo de liberar estrangeiros de Gaza para o Egito não está relacionado a nenhum acordo para a libertação de reféns detidos pelo Hamas.
Essas conversas continuam em curso e um responsável dos EUA disse que iria alertar contra quaisquer comparações entre as duas missões paralelas.
Porém, na verdade, os mesmos atores estão envolvidos em ambas as negociações: Israel, Egito, Catar, Hamas e EUA.
No entanto, como destacou o representante dos Estados Unidos, o acordo anunciado hoje não inclui medidas para libertar reféns futuramente.
Brasil fará novo apelo para Israel, Egito e Catar autorizarem saída de brasileiros
A ausência de brasileiros na primeira lista de pessoas autorizadas a usar a passagem de Rafah para deixar a Faixa de Gaza mobilizou o governo no Brasil a refazer o caminho de articulação para que os brasileiros não fiquem no fim da fila e consigam, ao menos, terem os nomes incluídos nos primeiros grupos.
O Brasil informa que vai intensificar a comunicação através do Ministério das Relações Exteriores e da Presidência da República para que os brasileiros sejam incluídos nas listas. Depois de participar de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, o ministro Mauro Vieira regressa ao país nesta quarta-feira.
O Ministério de Relações Exteriores vai conversar novamente com Israel, Egito e Catar sobre os pedidos de ajuda. O Catar ajudou a organizar a saída de feridos e estrangeiros de Gaza. Eles também consideram entrar em contato com o Hamas, que controla Gaza.
A organização das listas provocou mais um choque entre declarações de autoridades palestinas e israelenses.
Em uma entrevista à CNN, o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, afirmou que Israel é o responsável pela falta de brasileiros e pessoas de outras nacionalidades no país. Ele explicou que essa situação não se deve a problemas logísticos, mas sim à falta de autorização por parte de Israel.
Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em 7 de outubro, autoridades brasileiras e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm se comunicado com líderes de Israel, Egito e Palestina para ajudar na retirada dos brasileiros de Gaza.
Com muita expectativa pela abertura de Rafah, os primeiros estrangeiros que irão percorrer a rota de fuga são da Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca.