À medida que os mercados financeiros apostam em um desaquecimento da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, certos especialistas advertem que um avanço substancial na concretização de um acordo entre as duas maiores economias do mundo ainda pode ser distante.
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“As tarifas podem ser reduzidas a níveis mais aceitáveis ou ambas as partes podem oferecer mais exclusividades para que as tarifas se tornem menos obrigatórias”, declarou Aidan Yao, estrategista sênior de investimentos da Amundi para a Ásia, à Reuters Global Markets Forum.
“Atualmente, as evidências são limitadas, provavelmente devido ao fato de que o ponto de dor ainda não foi alcançado”, afirmou Yao, ressaltando que as perspectivas para a economia chinesa ainda são favoráveis.
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A China declarou que estava analisando uma proposta dos EUA para discutir as tarifas de 145% impostas por Washington. Além disso, estabeleceu uma lista de produtos americanos isentos das tarifas retaliatórias de 125%.
Sat Duhra, gerente de portfólio da Janus Henderson, afirmou: “Trump precisará responder se a ameaça de uma recessão aumentar significativamente, o que o mercado acionário, o dólar e os Treasuries estão começando a indicar”.
Ele afirmou que uma solução otimizaria o posicionamento da empresa na China.
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A Duhra tem acompanhado as ações chinesas, identificando oportunidades em bancos, tecnologia e artigos esportivos, entre outros segmentos, destacando dividendos elevados e valuations mais baixas.
A Janus Henderson possui uma avaliação “neutra” das ações chinesas, enquanto a Amundi mantém uma posição próxima de “neutra”, preferindo setores voltados para o mercado doméstico em ações A e nomes de tecnologia líderes em IA em ações offshore.
O Índice de Xangai e o Índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, acumulam no ano quedas respectivamente de 2% e 4%, em linha com suas contrapartes dos EUA – S&P 500 e Nasdaq perdem 3% e 7%, respectivamente.
As notícias sobre tarifas tornaram-se, em grande parte, ruído para os mercados chineses. Elas não definem mais a tendência, a menos que haja uma reviravolta nas políticas de Trump, afirmou Yao, acrescentando que a China está bem posicionada em termos de tamanho econômico e políticas internas para amortecer o impacto de choques externos.
Professor aponta problema estrutural na economia mundial.
Fonte: CNN Brasil