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Estudantes de colégios particulares no Rio são alvo de ação policial por fake nudes


Estudantes de colégios particulares no Rio são alvo de ação policial por fake nudes
(Foto Reprodução da Internet)

Estudantes dos colégios Santo Agostinho e Eleva Barra da Tijuca, localizados na região oeste do Rio de Janeiro, tiveram seus celulares e computadores confiscados nesta segunda-feira (18) pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). A polícia realizou 16 buscas nas casas dos alunos para apreender os dispositivos eletrônicos, que serão submetidos à perícia.

Segundo a polícia, as informações ajudarão nas investigações sobre a criação e compartilhamento de fotos falsas de estudantes sem roupa. Os investigadores afirmam que as imagens das adolescentes foram criadas usando inteligência artificial e fotos reais das alunas.

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Os suspeitos são todos meninos do 7° ao 9° ano do ensino fundamental. Pelo menos 20 vítimas já prestaram depoimento. O objetivo da polícia com a operação desta segunda é descobrir quem foram os autores das montagens e também identificar os alunos que compartilharam o material.

“O ocorrido hoje mostra que a lei se aplica a todos. A investigação segue para responsabilizar todos os envolvidos nesse crime horrível”, afirmou o delegado Marcus Vinícius Braga, encarregado do caso, que está sob sigilo.

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A operação teve o apoio de equipes de delegacias do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE).

Quatorze alunos do Colégio Santo Agostinho e dois da escola Eleva podem ser responsabilizados pelo artigo 241-C do Estatuto da Criança e do Adolescente. Esse artigo trata da simulação de participação de crianças ou adolescentes em cenas de sexo explícito ou pornográfico, através de adulteração, montagem ou modificação de fotografias, vídeos ou qualquer outra forma de representação visual. Se a participação dos suspeitos for comprovada, eles podem ser condenados a um período de um a três anos de reclusão, além de possíveis multas.

Em nota, a Escola Eleva disse que colabora com a polícia e que trabalham arduamente para garantir que todos os procedimentos de proteção sejam seguidos e que os alunos e comunidade sejam apoiados.

Relembre o caso

No mês passado, os pais dos alunos da unidade do Colégio Santo Agostinho na Barra da Tijuca receberam uma carta da direção da escola informando sobre o uso de tecnologia de inteligência artificial para criar imagens não autorizadas das alunas do colégio. Isso resultou na intervenção da Polícia Civil.

No comunicado, o diretor da escola, Frei Nicolás Peralta, afirmou ainda que o colégio se coloca à disposição das famílias das alunas vítimas das montagens. O colégio disse também que tomaria medidas disciplinares cabíveis, em âmbito escolar, e que a escola atuou sempre de forma preventiva.


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