Ciência e Espaço

Estudo diz que os campos magnéticos mais fortes podem estar na Terra


Estudo diz que os campos magnéticos mais fortes podem estar na Terra
(Foto Reprodução da Internet)

Há um objeto cósmico chamado magneta, que produz campos magnéticos muito fortes. Esses campos são medidos em gauss. No entanto, um estudo recente mostra que a Terra também possui pequenas regiões com campos magnéticos mais fortes do que os magnetares.

Cientistas realizaram experimentos no Colisor Relativístico de Íons Pesados (RHIC), no Laboratório Nacional Brookhaven do Departamento de Energia dos EUA (DOE), e encontraram campos magnéticos de energia sem precedentes. Essas descobertas foram publicadas em um artigo na revista científica Physical Review X.

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Em outras palavras, os cientistas encontraram sinais desses fortes campos magnéticos ao analisarem as partículas liberadas quando ocorrem colisões entre íons pesados no RHIC.

É importante explicar que a descoberta desses campos magnéticos não aconteceu exatamente em algum lugar específico do nosso planeta, mas durante os experimentos em laboratório realizados por cientistas do RHIC.

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“De acordo com o físico Gang Wang, da colaboração Solenoidal Tracker at RHIC (STAR), as cargas positivas em movimento rápido geram um campo magnético extremamente forte, estimado em 1018 gauss. Esse campo magnético pode ser o mais forte do Universo.”

Magnetismo

Os campos magnéticos podem ser encontrados em ímãs naturais, como a magnetita, ou criados artificialmente por meio de um campo elétrico.

Esses campos se estendem de um polo ao outro e podem ser considerados linhas invisíveis de força. A intensidade do campo magnético é mais forte perto dos polos e diminui à medida que nos afastamos deles. Essas características podem ser visualizadas com o uso de limá última tinhas magnéticas.

Durante as colisões, quarks e glúons foram liberados e auxiliaram os cientistas em uma melhor compreensão sobre as forças que atuam nos átomos. A partir desses dados, o artigo sugere que os investigadores também podem compreender uma nova forma de estudar a condutividade elétrica conhecida como “plasma de quark-glúon” (QGP), um dos blocos de construção dos núcleos atômicos.

A figura mostra a colisão de íons pesados resultando na criação de um campo magnético forte.

Após os experimentos no colisor, os cientistas detectaram campos magnéticos de aproximadamente 1018 gauss, um número maior em comparação com o campo de 1014 gauss gerado por estrelas de nêutrons — esses corpos cósmicos são considerados mais densos do universo. Apesar disso, não é tão fácil observar o campo criado durante o experimento, pois ele se dissipa em menos de um segundo.

“Queríamos ver se as partículas carregadas geradas em colisões de íons pesados fora do centro estavam sendo desviadas de uma forma que só poderia ser explicada pela existência de um campo eletromagnético nas minúsculas partículas de QGP criadas nessas colisões. No final, vemos um padrão de deflexão dependente da carga que só pode ser desencadeado por um campo eletromagnético no QGP — um sinal claro de indução de Faraday” disse o físico do Brookhaven Lab e membro da STAR, Aihong Tang.


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